segunda-feira, dezembro 19, 2005

Gostava que visses em mim...
Nas minhas mãos, nos meus olhos, na minha boca...
Uma extensão do teu corpo, da tua alma...
Porque trago-te em mim...
Levo-te comigo por cada rua, avenida, beco sem saída...
Nunca o pediste, eu sei... mas já me tens!

14 de Março de 2005

sábado, novembro 19, 2005

Voltei!
Durante este tempo, algumas vezes, tive vontade de escrever algo. Mas limitava-me a entrar no blog, ler alguns dos meus posts favoritos e ia-me embora com nostalgia de certos momentos descritos nestes meses passados por aqui.
Hoje apeteceu-me dizer... 'voltei'.

domingo, setembro 11, 2005

Apesar de nunca o ter revelado, o propósito deste blog era ser uma dedicatória para ti. Dizer aqui tudo o que sabia não poder dizer-to.
Quando te conheci estavas magoado e desconfiado demais. Ficavas desconfortável com qualquer elogio ou com qualquer aspecto positivo que apontasse em ti ou nos outros, reagias com descrédito e ironia. Daí que, desde que me apaixonei por ti (e lembro-me bem do momento em que, depois de um jantar que pensaste desastroso, me apaixonei pelo que lia nos teus olhos quando estávamos naquele bar apinhado de gente) senti necessidade de expressar sentimentos e emoções.
E criei este blog. Esta é a explicação para o segundo post do mesmo ser exactamente a música que sempre associei a ti. Mas tudo isto sofreu uma transformação quando comentei contigo a criação de um blog meu e depois te disse o endereço. Não mais me senti livre e tive de me ajustar no período seguinte, tentando parecer imparcial.
Com o passar do tempo percebi que não o visitaste nem o leste, o que aos poucos foi-me fazendo recuperar a minha liberdade e fui fazendo referências a ti.
Os meses foram passando, a paixão transformou-se, tomando novas formas até que morreu. E com ela todo o objectivo deste blog. Continuo a admirar a pessoa que és, a reconhecer-te imensas qualidades e a agradecer-te por me teres feito descobrir tanto de mim que não conhecia.
No entanto, agora chegou o momento que considero previsível. Declaro oficialmente a morte do Life in a Poetry Book. Obrigada a todas as pessoas que gastaram minutos da sua vida a lerem fragmentos da minha. Obrigada pelos comentários e por estes meses de auto-análise e crescimento.
Quem sabe um dia não encontro outro propósito para este pequeno espaço do meu mundo?

sábado, setembro 10, 2005



Porque não me apetece falar...

terça-feira, agosto 30, 2005



Nunca procurei muito que gostassem de mim. Se me deixassem gostar eu do outro... para mim já era bestial! - Mário Cesariny

sábado, agosto 27, 2005

Ontem, tal como havíamos combinado, fui encontrar-me contigo depois do trabalho.
Depois de sete horas de trabalho, uma entrevista para outro trabalho, duas viagens de comboio à beira-mar, lá fui eu à procura do jornal.
Com o meu sentido de orientação único, perdi-me pelas ruas e ruelas, largos e travessas do Bairro Alto. E adorei! Cada vez gosto mais de passear, perder-me pela Lisboa antiga.
Depois de mais de meia hora a contemplar as ruas, a observar as pessoas, encontrei o jornal. Sentei-me na soleira de uma porta e esperei por ti uns escassos cinco minutos a ver pessoas a passar, a conversar, ou à janela a fumar.
E, passados uns meses de ausência quase completa, encontrámo-nos e pusemos a conversa em dia. Cada vez mais me convenço que a amizade é saber respeitar os ritmos, os tempos e os espaços de cada um. Após algum tempo em que ambas, por diversos motivos, sentimos necessidade de nos ausentar um pouco, ontem contámos animadamente uma à outra todas as alterações que entretanto marcaram a nossa vida. E foi bom sentir que ainda fazemos parte da história uma da outra!

terça-feira, agosto 16, 2005



Hoje acordei, fui à janela e fui recebida com este belo nascer do sol.
Sorri.
Mas até o sol me pareceu triste.
Vou ouvir Jeff Buckley cantar esta noite vezes e vezes sem conta.
É o companheiro ideal para a tristeza!

segunda-feira, agosto 15, 2005

So I will find my fears and face them
Or I will cower like a dog
I will kick and scream or kneel and plead
I will fight like hell to hide that I’m giving up

Another travellin’ song - Bright Eyes

sábado, agosto 13, 2005

Amar...
O sentimento de amar desperta o melhor e o pior em mim. Apesar de ser completamente dedicada à pessoa, preocupada com o que está a sentir e a fazer, fiel, compreensiva, amar torna-me frágil, auto-destrutiva.
Isto porque insegurança é uma característica muito vincada do meu temperamento e, para amar alguém, esse alguém é certamente muito especial. O que me faz desejar sempre ser mais magra, mais bonita, mais inteligente, mais culta, para então ser digna dele. Esses objectivos não são alcançados, o que me faz sentir indigna de qualquer retribuição e incapaz de despertar o mesmo sentimento que essa pessoa despertou em mim. E então analiso com muito cuidado os sinais que me são enviados para me poupar a eventuais e futuros sofrimentos.
Passado algum tempo em que, simultaneamente, construo ilusões e destruo-me e insulto-me por sonhar, desisto do sentimento e deixo-o voar. No entanto, quando desisto de amar acabo sempre por constatar que tinha razão: o sentimento não era mútuo e eu não era definitivamente a pessoa adequada para ele.
E com essa convicção tento reconstruir os pedaços de mim, costurar os rasgões da alma. Consciente de que a felicidade de ninguém se deve basear apenas num factor, numa pessoa, porque nem sempre ela lá vai estar e é um fardo muito pesado para qualquer um ser o único e exclusivo detentor da felicidade de alguém, avanço lentamente pelo meu caminho. Gozando todos os momentos de felicidade que preenchem os meus dias, tentando aprender tudo o que possa e lutando por ser a pessoa que sonho.
Quem sabe um dia?

sábado, agosto 06, 2005

Os dias nem sempre são fáceis.
Hoje interroguei-me o porquê do corpo e da mente, por vezes, se desencontrarem tanto.
A minha avó encontra-se em processo lento de desgaste físico, de colapso. Os órgãos não mais suportam viver, é uma tarefa árdua demais a ser levada a cabo. O corpo cede, os órgãos vão morrendo lentamente. O que é difícil assistir... As marcas deixadas pela má circulação, a respiração difícil pelo mau funcionamento de apenas um pulmão, o bater lento de um coração velho e gasto de viver, de sentir, de sofrer.
Mas o que é mais doloroso para todos, e ainda mais para ela, é a lucidez, a sobriedade, a nitidez de raciocínio aos 89 anos e o espanto e desilusão no seu rosto por o corpo já não responder. Muitas vezes oiço-a dizer com uma lágrima nos olhos: ‘Mas o que se passa comigo? O que eu sou e o que eu era!’ E recordo-me das férias de Verão passadas com ela e com o meu avô (que já morreu há 14 anos). A minha avó não é mais a pessoa alegre que aparecia nas suas histórias de juventude, a pessoa lutadora que educou seis filhos, a avó carinhosa de sorriso no rosto. Agora é apenas um ser humano em sofrimento, choroso, e consciente da dor que semeia numa família desgastada pela situação.

sexta-feira, agosto 05, 2005

So there was this women and
she was on an airplane and
she's flying to meet her fiancé
sailing high above the largest ocean
on planet earth and she was seated
next to this man who you know
she had tried to start a conversation
but really the only thing
she heard him say was to order his bloody mary
and she's sitting there and she's reading
this really arduous magazine article about this
third world country that she couldn't
even pronounce the name of
and she's feeling very bored and very despondent
and then uh suddenly there's this huge mechanical failure and one of the engines gave out
and they started just falling thirty thousand feet
and the pilots on the microphone and he's saying,
"I'm sorry, I'm sorry, Oh My God, I'm Sorry"
and apologizing and she looks at the man and she says,
"where are we going" and he looks at her and he says,
"We're going to a party, it's a birthday party.
It's your birthday party, happy birthday darling.
We love you very, very, very, very, very, very, very much."
and then he starts humming this
little tune and it kind of goes like this:

One, Two, One, Two, Three, Four
We must talk in every telephone, get eaten off the web
We must rip out all the epilogues from the books we have read
And to the face of every criminal strapped firmly in a chair
We must stare, we must stare, we must stare

We must take all of the medicines too expensive now to sell
Set fire to the preacher who is promising us hell
And in the ear of every anarchist who sleeps but doesn't dream
We must sing, we must sing, we must sing

And it'll go like this
While my mother waters plants my father loads his gun.
He says, "Death will give us back to god,
just like the setting sun
is returned to the lonesome ocean."

And then they splashed into the deep blue sea
It was a wonderful splash

We must blend into the choir, sing a static with the whole
We must memorize nine numbers and deny we have a soul
And to this endless race for property and privilege to be won
We must run, we must run, we must run

We must hang up in the belfry where the bats in moonlight laugh
We must stare into a crystal ball and only see the past
And in the caverns of tomorrow with our flashlights and our love
We must plunge, we must plunge, we must plunge

And then we'll get down there,
way down to the very bottom of everything
and then we'll see it, we'll see it, we'll see it

Oh my morning's coming back
The whole worlds waking up
Oh the city bus is swimming past
I'm happy just because
I found out I am really no one

At the bottom of everything - Bright Eyes

quarta-feira, agosto 03, 2005

I don't think you love me
Confusion settling in
I don't think I'll be staying
Around here, anymore

There's no question that I love you
But I'm living in my own time
And here I am debating
Whether I'm wrong, or right

Who am I
To make a judgement of
Your life
I'm only
Passing by
Passing by

All the promises I gave you
Helped me to survive
And all the times I wished you'd save me
You were the love of my life

Who am I
To make a judgement of
Your life
I'm only
Passing by
Passing by

I'm only passing by ...

Passing by - Zero 7

domingo, julho 31, 2005

Sabemos que ouvimos música demais quando o nosso sobrinho, ao pegar no nosso discman ou num dos muitos cd's espalhados pelo quarto, olha para nós com um sorriso no rosto e diz 'titi' com uma voz amorosa.

quinta-feira, julho 28, 2005

A dor que senti durante uns meses quase desapareceu. Como te disse, tudo seguiria o seu percurso natural, não havia porque forçar algo. E se, durante meses, esperei que ligasses, esperei um convite, sofri e chorei por nada disso acontecer, eu sabia que, um dia, a dor seria menor até desaparecer.
Não nego que, por vezes, ainda dói. Mas já pouco me importa! Agora já não espero. Já não sofro com a possibilidade de não mais te ver. Já pouco me importa! Durante meses cada vez que escrevia algo aqui pensava na tua opinião. Agora já pouco me importa! Já não magoa saber que não te interessa estar comigo, ler o que escrevo. Mas ainda não consigo evitar a queda de uma lágrima pela morte da ilusão e do sonho. Mas já pouco me importa!

quarta-feira, julho 27, 2005

Encontrei num blog deste mundo cibernauta este post:

'Há um exacto momento em que tomamos consciência de que a estratégia em curso não está a ser bem sucedida. Podemos estar errados há muito tempo. Podemos ter sido alertados por toda a gente que nos rodeia. Não interessa. São centésimos de segundo que mudam o rumo da coisas. É um instante. O instante em que dizemos: ASSIM NÃO! Ontem, quando voltava para casa, aconteceu o meu momento. Não doeu. Nem sequer me fez perder a calma. Aceitei com a serenidade que me faltou até agora.'

Como ele disse tudo o que não encontrei palavras para dizer... Com excepção de que comigo aconteceu no sábado. Doeu. E chorei.

terça-feira, julho 26, 2005

Let it die and get out of my mind
We don't see eye to eye
Or hear ear to ear

Don't you wish that we could forget that kiss ?
And see this for what it is
That we're not in love

The saddest part of a broken heart
Isn't the ending so much as the start

It was hard to tell just how I felt
To not recognize myself
I started to fade away

And after all it won't take long to fall in love
Now I know what I don't want
I learned that with you

The saddest part of a broken heart
Isn't the ending so much as the start
The tragedy starts from the very first spark
Losing your mind for the sake of your heart
The saddest part of a broken heart
Isn't the ending so much as the start

Let it die - Feist

domingo, julho 24, 2005



Don't be afraid to be weak
Don't be too proud to be strong

Return to innocence - Enigma

segunda-feira, julho 18, 2005



Ontem senti algo morrer dentro de mim! Morreu um sonho... Foi com tristeza que assisti à morte de um sonho, mas hoje dei as boas vindas a um novo. Durante uns tempos vou-me permitir alimentar este sonho. Permitir-me-ia tudo o que agora preciso. Principalmente a possibilidade de acreditar em alguma mudança num quotidiano sempre igual. Neste momento sinto uma esperança no futuro! Mesmo que nada mude, só pelo brilho que esta noite ganhou já valeu a pena!

quinta-feira, julho 14, 2005



You'll never touch - these things that I hold
The skin of my emotions lies beneath my own
You'll never feel the heat of this soul
My fever burns me deeper than I've ever shown - to you

You'll never live the life that I live
I'll never live the life that wakes me in the night
You'll never hear the message I give
You'll say it looks as though I might give up this fight

Never is a promise - Fiona Apple

terça-feira, julho 12, 2005

A beleza é um conceito que me fascina! Como todos sabemos, é relativo, subjectivo, altamente pessoal. A sua definição pura e absoluta não existe!
Mas mesmo a beleza numa mesma pessoa varia, evolui, modifica-se. Comigo acontece sempre ou, pelo menos, muito frequentemente. Raramente a minha apreciação da beleza física de uma pessoa se mantém inalterável com o passar do tempo. Porque com o conhecer, conviver, aprender a gostar, ou não, da pessoa, começa a entrar na percepção da mesma um factor de peso: a personalidade, os pequenos gestos, os pequenos detalhes, a voz, as acções. O que se costuma designar pelo cliché da beleza interior.
Se sempre notei este facto, agora, com a entrada no quarto mês no meu novo trabalho, agudizou-se, até porque é uma abstracção que há algum tempo vem ocupando a minha mente. Em todos os trabalhos, turmas de escola, vizinhança, grupos de amigos, famílias, existem os homens/mulheres mais bonitos, os mais simpáticos, os mais inteligentes, os mais feios, os carismáticos, os mais estúpidos, os mais engraçados. É uma categorização estereotipada e simplista dos grupos. O certo é que as categorizações gerais na empresa raramente coincidem com as minhas. O exibicionismo, o falar alto, o insinuar-se, o gabar-se, o passar à frente dos outros, o acotovelar, a sede pelo poder e pelo dinheiro não me são atraentes.
Resultado: por vezes dou por mim a observar discretamente determinada pessoa para descobrir a sua beleza, vista pela maioria, ou, pelo contrário, ponho-me a pensar como ainda não descobriram a beleza de outras.

domingo, julho 10, 2005

sábado, julho 09, 2005

Se a vossa vida fosse um filme, qual seria a música a preencher em cada uma destas partes?

Mais um desafio!
Foi preciso alguma reflexão e vasculhar todo o repertório musical para tentar, e sublinho tentar, encontrar as opções mais adequadas. Claro que isto é muito pessoal e subjectivo e cada um terá as suas. As minhas estão aqui!

Opening credits: Never know – Jack Johnson
Waking-up scene: Unfinished sympathy – Massive Attack
Average-day scene: No surprises - Radiohead
Best-friend scene: Never Let Me Down - Depeche Mode
First-date scene: Dá-me lume – Jorge Palma
Falling-in-love scene: Finally – Kings of Tomorrow
Love scene: All is full of love - Bjork
Fight-with-friend scene: I am mine – Pearl Jam
Break-up scene: Love ridden – Fiona Apple
Get-back-together scene: Gold for the price of silver – Kings of Convenience
Fight-at-home scene: Erase/rewind - Cardigans
"Life's okay" scene: A gente vai continuar – Jorge Palma
Heartbreak scene: Last goodbye – Jeff Buckley
Mental-breakdown scene: Over - Portishead
Driving scene: Wise up - Aimee Mann
Lesson-learning scene: Failure – Kings of Convenience
Deep-thought scene: Lua – Bright Eyes
Flashback scene: Do you remember – Jack Johnson
Party scene: Fun for me - Moloko
Happy dance scene: Joker – Fatboy Slim
Regret scene: Lover, you should’ve come over – Jeff Buckley
Long-night-alone scene: I’ve seen it all – Bjork e Thom Yorke
Death scene: Pyramid song - Radiohead
Closing credits: Walking in my shoes – Depeche Mode

sexta-feira, julho 08, 2005



Hoje sinto-me a perder!
Tanto que quero fazer e fico paralizada...
Quero assistir a mais peças de teatro! Quero voltar a ver a Companhia Nacional de Bailado Contemporâneo actuar! Quero voltar a ir a um concerto! Quero jantar à beira-mar! Quero voltar a ir a exposições! Quero viajar!
Quero voltar a sentir-me como uma criança com um brinquedo novo. Como uma criança que acaba de comer um gelado, toda lambuzada, e com um sorriso do tamanho do mundo. É assim que me sinto em cada um destes momentos.
Quero voltar a sentir que vivi um momento especial. Não consigo mais viver apenas em função dos dois trabalhos que tenho. Estou cansada, não me divirto e não consigo descansar.

terça-feira, julho 05, 2005



Gosto muito desta fotografia! Considero ter duas vertentes muito importantes: um céu azul, brilhante, e um chão com indícios de chuva, tristonho. Mas, no entanto, existe harmonia e calma entre os dois pólos.
Reflecte muito o que sou! Momentos de bem-estar, de cor, realização e plenitude; e outros de tristeza, melancolia e desilusão. Ambos sempre vividos com alguma tranquilidade... proporcionada por algum conhecimento do que sou.

domingo, julho 03, 2005



I'm not looking for a clearer conscience
Peace of mind after what I've been through
And before we talk of any repentance
Try walking in my shoes
Try walking in my shoes

You'll stumble in my footsteps
Keep the same appointments I kept
If you try walking in my shoes

Walking in my shoes - Depeche mode

sábado, julho 02, 2005

Há uns meses atrás, numa noite calma de Primavera, passeei na praia contigo. Uma estrela cadente, que eu não vi, riscou o céu. Disseste-me para pedir um desejo... Na altura não o fiz, por não acreditar na realização do que queria. Agora... pediria apenas ver-te mais uma vez!

quinta-feira, junho 30, 2005

segunda-feira, junho 27, 2005

Hoje acordei triste, desiludida… comigo.
Estou de costas voltadas para mim...
Não me olho! Não me oiço! Não quero saber do que eu própria tenha para dizer!
Depois de ontem ter passado a noite a ouvir Roisin Murphy, Portishead, Telepopmusik, Thievery Corporation, Moloko, hoje quero apenas ouvir Bright Eyes, P. J. Harvey e Thom Yorke, e toda uma série de músicas dark...
revoltadas, frustradas, angustiadas...
vezes sem conta...
até deixarem de fazer sentido.

domingo, junho 26, 2005




When everything is lonely
I can be my own best friend.
I get a coffee and the paper;
have my own conversations
with the sidewalk and the pigeons
and my window reflection.
The mask I polish in the evening
by the morning looks like shit.

Lua - Bright Eyes

domingo, junho 19, 2005

sábado, junho 18, 2005

I picked you out
Of a crowd and talked to you
Said I liked your shoes
You said, "Thanks, can I follow you?"
So it's up the stairs
And out of view, no prying eyes
I poured some wine
I asked your name, you asked the time

Now it's two o'clock
The club is closed and we are up the block
Your hands are on me
Pressing hard against your jeans
Your tongue in my mouth
Trying to keep the words from coming out
You didn't care to know
Who else may have been you before

I want a lover I don't have to love
I want a girl who's too sad to give a fuck
Where's the kid with the chemicals?
I thought he said to meet him here
But I'm not sure
I've got the money
If you've got the time
You said, "It feels good"
I said "I'll give it a try"

Then my mind went dark
We both forgot where your car was parked
Let's just take the train
I'll meet up with the band in the morning

Bad actors with bad habits
Some sad singers, they just play tragic
And the phone's ringing
And the van's leaving
Let's just keep touching
Let's just keep, keep singing

I want a lover I don't have to love
I want a boy who's so drunk he doesn't talk
And where's the kid with the chemicals?
I got a hunger and I can't seem to get full
I need some meaning I can memorize
The kind I have always seems to slip my mind

But you, but you...

You write such pretty words
But life's no storybook
Love's an excuse to get hurt
And to hurt
Do you like to hurt?
I do, I do
Then hurt me
Then hurt me
Then hurt me

Lover I don’t have to love - Bright eyes

quinta-feira, junho 16, 2005



Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.

Eugénio de Andrade

segunda-feira, junho 13, 2005

E porque hoje é dia 13 de Junho, dia marcado pelo 117º aniversário do nascimento de Fernando Pessoa e feriado municipal de Lisboa, cidade que tanto gosto, aproveito para expôr uma fotografia tirada num passeio pela antiga Lisboa. Ao que complemento com um poema de Pessoa, mais precisamente Álvaro de Campos, sobre a mesma.




Nada me prende a nada.
Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo.
Anseio com uma angústia de fome de carne
O que não sei que seja -
Definidamente pelo indefinido...
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.

Fecharam-me todas as portas abstratas e necessárias.
Correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua.
Não há na travessa achada o número da porta que me deram.

Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido.
Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.
Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados.
Até a vida só desejada me farta - até essa vida...

Compreendo a intervalos desconexos;
Escrevo por lapsos de cansaço;
E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia.
Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme;
Não sei que ilhas do sul impossível aguardam-me náufrago;
ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso.

Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa nenhuma...
E, no fundo do meu espírito, onde sonho o que sonhei,
Nos campos últimos da alma, onde memoro sem causa
(E o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas),
Nas estradas e atalhos das florestas longínquas
Onde supus o meu ser,
Fogem desmantelados, últimos restos
Da ilusão final,
Os meus exércitos sonhados, derrotados sem ter sido,
As minhas cortes por existir, esfaceladas em Deus.

Outra vez te revejo,
Cidade da minha infância pavorosamente perdida...
Cidade triste e alegre, outra vez sonho aqui...

Eu? Mas sou eu o mesmo que aqui vivi, e aqui voltei,
E aqui tornei a voltar, e a voltar.
E aqui de novo tornei a voltar?
Ou somos todos os Eu que estive aqui ou estiveram,
Uma série de contas-entes ligados por um fio-memória,
Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim?

Outra vez te revejo,
Com o coração mais longínquo, a alma menos minha.

Outra vez te revejo - Lisboa e Tejo e tudo -,
Transeunte inútil de ti e de mim,
Estrangeiro aqui como em toda a parte,
Casual na vida como na alma,
Fantasma a errar em salas de recordações,
Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem
No castelo maldito de ter que viver...

Outra vez te revejo,
Sombra que passa através das sombras, e brilha
Um momento a uma luz fúnebre desconhecida,
E entra na noite como um rastro de barco se perde
Na água que deixa de se ouvir...

Outra vez te revejo,
Mas, ai, a mim não me revejo!
Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim -
Um bocado de ti e de mim!...

Lisbon Revisited (1926) - Álvaro de Campos

sábado, junho 11, 2005



Looking at herself but wishing she was someone else
Because the body of the doll it don't look like hers at all

Posters - Jack Johnson

quarta-feira, junho 08, 2005

Why do we
Crucify ourselves
Every day
I crucify myself
Nothing I do is good enough for you
Crucify myself
Every day
And my heart is sick of being in chains

Crucify - Tori Amos

terça-feira, maio 31, 2005

Quando estou em paz comigo, sem lutas interiores, como hoje, divago sobre a minha fragilidade, a minha condição humana. Estranho... ou nem por isso?
Depois de quase duas horas de viagem de regresso a casa, no autocarro, escrevi o texto que se segue, após reflectir e viajar dentro de mim, reencontrar o eu que andava fugido.
‘A fragilidade tem efeitos curiosos em mim! Busco na palavra, no papel em branco, um morno sentimento de conforto. Conforto que não sou capaz de procurar junto dos outros. Apesar de, quando assisto a uma maior fragilidade em alguma pessoa, sentir-me privilegiada por poder vislumbrar a humanidade, o ser humano, dentro da capa que todos usamos hoje em dia de pessoas fortes, felizes e bem sucedidas; o certo é que não tolero demonstrar essa minha fragilidade. Em mim encaro-a como fraqueza, fracasso... Não sou capaz de dizer algo como: preciso de ti. Fico silenciosa, muda, quando a minha alma grita. Nesses momentos, desejo uns braços que me envolvam, uns lábios que me encontrem, um olhar que me abrace. Mas não permito sequer aproximações. Estou de cócoras dentro da minha casca, com receio de ser vista tão quebrável, tão humana... E hoje consegui reflectir sobre tudo isso por me sentir bem. Não preciso esconder... proteger... defender... Quem sabe amanhã?’

segunda-feira, maio 30, 2005

Não consigo dormir! Então pus-me a pensar numa conversa que tive com um amigo, em que ele me disse : nunca seremos capazes de perceber o porquê de alguém nos amar.
Ao que acrescento: nunca seremos capazes de perceber o porquê de amar alguém. Porque apesar de termos consciência do que nos faz apaixonar por alguém, o certo é que outro alguém pode fazer exactamente o mesmo sem conseguir tal resultado.
Quem compreende a complexidade do ser humano?

sexta-feira, maio 20, 2005

Did you realise no one can see inside your view? (Strangers, Portishead)

Esta frase sempre me pôs a pensar. Todos nós temos visões únicas do mundo, dos outros e de nós mesmos. Tenho pensado muito neste facto que todos sabemos consciente ou inconscientemente. Talvez pelo trabalho que faço há alguns meses, talvez pelo livro que terminei ontem, talvez pela minha natureza reflexiva e de questionamento.
Ontem terminei a leitura de Ondas de Virginia Woolf. Livro fascinante, intenso, profundo. Foi um livro que esperou o momento certo para entrar na minha vida. Foi-me oferecido por uma amiga mas só um ano depois o li. Não estava ainda preparada para ele. É daqueles livros em que temos necessariamente de nos adaptar à pele do autor pela sua especificidade e singularidade. É sem dúvida esta a literatura que gosto e admiro. Uma prosa poética, com frases de paragem obrigatória para a reflexão, ponderar sobre nós, os outros, a realidade. Seis personagens que poderia simplificar como Rhoda, a diferente, contemplativa, reservada, misteriosa; Jinny, exuberante, atraente, corporal; Susanne, ponderada, sem necessidade de ser admirada; Louis, cerebral, complexado, que se refugia no trabalho; Bernard, sonhador, atento às palavras; e por fim Neville, livre, apaixonado.
Mas todos eles, como nós próprios, somos muito mais do que duas ou três palavras, duas ou três etiquetas. Uma amiga perguntou-me há dias o que ela era, segundo a minha opinião. Como reduzir a imensidão, a complexidade de uma pessoa a meia dúzia de rótulos? Alguém fica a saber quem eu sou se me definir como calma, sonhadora, reservada, diferente? Sem dúvida sinto que sou tudo isso. Mas sou também muitas outras coisas. Por isso nunca gostei de rótulos e catalogações. Somos pessoas, não embalagens num qualquer supermercado à espera de sermos comprados. Eu pelo menos não estou à venda!

terça-feira, maio 17, 2005

De vez em quando, e não tão raramente quanto seria de esperar com a velocidade a que actualmente se corre pela vida, vivo momentos de verdadeira plenitude e perfeição. Em que todo o universo está alinhado exactamente como deveria estar. O que geralmente acontece nos momentos mais simples... Quando estou a olhar o mar, quando estou a passear nos meus locais favoritos, quando oiço uma música que realmente me toca, quando leio um bom livro...
Este sábado senti que a areia podia deixar de correr pela ampulheta, porque tudo estava simplesmente perfeito. Estavas nos meus braços, a tua pele junto da minha, as minhas mãos na madeixas do teu cabelo, a tua respiração morna e calma, as tuas mãozinhas pequeninas no meu pescoço, os teus olhos que, apesar de mortiços pela febre, me deram amor e gratidão. Estavas desprotegido, nos meus braços, receptivo aos meus carinhos e ao meu amor. Há meses que não tínhamos um momento assim. Lembrei-me de quando nasceste e eu cantava para ti. Agora és mais independente, já não te deixas facilmente estar nos meus braços. Queres descobrir o mundo. E como ele te desperta curiosidade e fascínio! E como eu adoro assistir a todas as tuas descobertas! Ainda bem que entraste na minha vida!

quarta-feira, maio 11, 2005

Sinto falta do fumo do teu cigarro...

domingo, maio 08, 2005

Faith pours from your walls, drowning your calls
I've tried to hear, You're not near
Remembering when I saw your face, shining my way, pure timing
Now I've fallen in deep, slow silent sleep
It's killing me, I'm dying

To put a little bit of sunshine in your life
Soleil all over you
warm sun pours over me
Soleil all over you
Warm sun

Now this slick fallen rift, came like a gift
Your body moves ever nearer
And you will dry this tear
Now that we're here, and grieve for me, not history
But now I'm dry of thoughts, wait for the rain
Then it's replaced, sun setting

And suddenly we're in love with everything

Soleil all over you, warm sun pours over me
Soleil all over you
Warm sun


The shinning - Badly drawn boy

quinta-feira, maio 05, 2005

Aqui fica uma das minhas músicas favoritas de sempre.


I'm so tired… of playing
Playing with this bow and arrow
Gonna give my heart away
Leave it to the other girls to play
For I've been a temptress too long

Just…

Give me a reason to love you
Give me a reason to be a woman
I just wanna be a woman

From this time, unchained
We're all looking at a different picture
Thru this new frame of mind
A thousand flowers could bloom
Move over, and give us some room

Give me a reason to love you
Give me a reason to be a woman
I just wanna be a woman

So don't you stop being a man
Just take a little look
From our side when you can
Sow a little tenderness
No matter if you cry

Give me a reason to love you
Give me a reason to be a woman
Its all I wanna be is all woman

For this is the beginning of forever and ever

Its time to move over...


Glory box - Portishead

terça-feira, maio 03, 2005

The selfish, they're all standing in line
Faithing and hoping to buy themselves time
Me, I figure as each breath goes by
I only own my mind

The North is to South what the clock is to time
There's east and there's west and there's everywhere life
I know I was born and I know that I'll die
The in between is mine
I am mine

And the feeling, it gets left behind
All the innocence lost at one time
Significant, behind the eyes
There's no need to hide
We're safe tonight

The ocean is full 'cause everyone's crying
The full moon is looking for friends at hightide
The sorrow grows bigger when the sorrow's denied
I only know my mind
I am mine

And the meaning, it gets left behind
All the innocents lost at one time
Significant, behind the eyes
There's no need to hide
We're safe tonight

And the feelings that get left behind
All the innocents broken with lies
Significance, between the lines
(We may need to hide)

And the meanings that get left behind
All the innocents lost at one time
We're all different behind the eyes
There's no need to hide

I Am Mine - Pearl Jam

quarta-feira, abril 27, 2005

Are you desirable?
Are you irresistible?
Maybe...
if you drank bourbon with me it would help.
Maybe...
if you kissed me and I could taste the sting in your mouth it would help.

Leaving Las Vegas

terça-feira, abril 19, 2005

A felicidade é feita de pequenos pormenores! O cansaço de um dia de trabalho... Um céu azul primaveril... um mar dourado... o sol que se esconde na linha do horizonte, deixando atrás de si cambiantes de cores quentes... Nos ouvidos os sons de Kings of Convenience (Gold for the price of silver)... Na mente memórias despoletadas por aromas que passam e não permanecem... E assim se contróem momentos de felicidade e plenitude!

segunda-feira, abril 11, 2005

E uma lágrima cai deixando um rasto frio na pele quente...

domingo, abril 10, 2005

Ontem ao ver um videoclip de Badly Drawn Boy, Silent sigh, fiquei arrepiada. Não só pela música, não só pelo vídeo, mas pelo conjunto, encerrado por uma frase que provocou uma reacção inesperada em mim: ‘erase bad memory, replay with happy ending’. Seria bom se fosse possível!

sexta-feira, abril 08, 2005

Esta foi a minha música desde 1993 (data de Pablo Honey) até 2002

When you were here before,
couldn't look you in the eye.
You're just like an angel,
your skin makes me cry.
You float like a feather,
in a beautiful world
I wish I was special,
you're so fucking special.

But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?
I don't belong here.

I don't care if it hurts,
I want to have control.
I want a perfect body,
I want a perfect soul.
I want you to notice,
when I'm not around.
You're so fucking special,
I wish I was special.

But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?.
I don't belong here

She's running out the door,
she's running,
she run, run, run, run, run.

Whatever makes you happy,
whatever you want.
You're so fucking special,
I wish I was special,

But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?
I don't belong here,
I don't belong here.

Creep - Radiohead

quinta-feira, abril 07, 2005

Incrível! Tudo pode mudar num dia! Novo trabalho, novo desafio, nova aprendizagem, novas pessoas. Isto em conjunto com o trabalho antigo, fascinante e sempre um prazer. Em vista mais um desafio a nível pedagógico e académico. A vida deixa de ser um ponto de interrogação para se tornar um ponto de exclamação...
Eu quero praia! Sentir o granulado fino da areia nos meus pés descalços! Sentar-me à beira-mar e olhar a imensidão de azul... O céu tocando o mar, o mar beijando-me os pés... Quero praia! Deitar-me na areia e sentir o sol invadindo a pele ou as estrelas observando o fascínio com que sinto o mundo.

quarta-feira, abril 06, 2005

It's not.. what you thought...
When you first... began it.
You got... what you want...
Now you can hardly stand it, though,
By now you know, it's not going to stop...
It's not going to stop...
It's not going to stop,
Till you wise up.

You're sure... there's a cure...
And you have finally found it.
You think... one drink...
Will shrink you to... your underground
And living down, but it's not going to stop...
It's not going to stop...
It's not going to stop,
Till you wise up.

Prepare a list for what you need,
Before you sign away the deed,
'Cause it's not going to stop...
It's not going to stop...
It's not going to stop,
Till you wise up.

No, it's not going to stop,
Till you wise up.
No, it's not going to stop,
So just give up.

Wise up - Aimee Mann

domingo, abril 03, 2005

Gosto de sinceridade. Gosto de pessoas complexas, profundas. Não gosto de pessoas fúteis. Não gosto de arrogância. Gosto de olhar as pessoas nos olhos. Gosto de rir. Gosto de sentir. Gosto de sonhar. Não gosto quando não sei como agir. Não gosto quando não sei o que dizer. Gosto de olhar o mar. Gosto de vozes a sussurrar ao ouvido. Gosto de ouvir risos e gargalhadas de crianças. Não gosto de sentir medo. Não gosto de desiludir. Gosto de não ser indiferente aos outros. Não gosto de pessoas frias. Não gosto de exibicionismo. Gosto de cantar. Gosto da palavra. Gosto de ler. Gosto de escrever. Não gosto de me sentir incompreendida. Gosto de acordar com o sol a entrar pela janela. Gosto de música. Gosto de conhecer novas e diferentes culturas. Gosto de cinema. Gosto do cheiro do pão acabado de cozer. Gosto do cheiro das primeiras chuvas no Inverno. Gosto de poesia. Não gosto das pessoas que pensam que a felicidade se resume ao dinheiro. Não gosto de egocentrismo. Gosto de humildade. Gosto de humanismo. Gosto de utopias. Gosto de ideais. Gosto do respeito pela privacidade de cada um. Não gosto da necessidade de controlar tudo o que sinto, faço e digo.

quinta-feira, março 31, 2005

Nada como uma viagem de comboio à beira-rio para apreciar a beleza de um dia de sol. O céu azul, o mar prateado... Tudo ao som de Portishead Roseland NYC Live. Sem dúvida um dia em que o trabalho e o lazer, o dever e o prazer, se misturaram numa simbiose perfeita.

quarta-feira, março 30, 2005

E quando chega o Verão?
Hoje acordei com saudades de Viana do Castelo. A Praça da República, a Praia de Afife, a Praia do Cabedelo, o Festival de Jazz. Nada como passear numa noite de Verão numa cidade histórica a ouvir os sons: as músicas, as pessoas, a própria cidade. A iluminação amarelada sobre monumentos que testemunharam séculos de histórias, gerações de problemas, festas, intrigas, paixões.
Entretanto há que voltar ao trabalho!

segunda-feira, março 28, 2005

A minha vida tem sido de perseguição, caça e movimento, de conversas sem significado ou sentido. Tenho sido um nada. Digo isto sem amargura ou censura, pois sei que a vida da maioria das pessoas é assim.

Sétimo selo - Ingmar Bergman

sábado, março 26, 2005

Tira a mão do queixo, não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou, ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas para dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem à batota
Chega aonde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota

Enquanto houver estrada para andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada para andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar

Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém, não
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
E a liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo

Enquanto houver estrada para andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada para andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar

A gente vai continuar - Jorge Palma

quinta-feira, março 24, 2005

Dizem que a paixão o conheceu
mas hoje vive escondido nuns óculos escuros
senta-se no estremecer da noite enumera
o que lhe sobejou do adolescente rosto
turvo pela ligeira náusea da velhice

Conhece a solidão de quem permanece acordado
quase sempre estendido ao lado do sono
pressente o suave esvoaçar da idade
ergue-se para o espelho
que lhe devolve um sorriso tamanho do medo

Dizem que vive na transparência do sonho
à beira-mar envelheceu vagarosamente
sem que nenhuma ternura nenhuma alegria
nenhum ofício cantante
o tenha convencido a permanecer entre os vivos

Al Berto

quarta-feira, março 23, 2005

Learning loving somebody don't make them love you

Sitting, waiting, wishing - Jack Johnson

terça-feira, março 22, 2005

Mar adentro, mar adentro,
y en la ingravidez del fondo
donde se cumplen los sueños,
se juntan dos voluntades
para cumplir un deseo.

Un beso enciende la vida
con un relámpago y un trueno,
y en una metamorfosis
mi cuerpo no es ya mi cuerpo;
es como penetrar al centro del universo:

El abrazo más pueril,
y el más puro de los besos,
hasta vernos reducidos
en un único deseo:

Tu mirada y mi mirada
como un eco repitiendo, sin palabras:
más adentro, más adentro,
hasta el más allá del todo
por la sangre y por los huesos.

Pero me despierto siempre
y siempre quiero estar muerto
para seguir con mi boca
enredada en tus cabellos.

Mar adentro - Ramón Sanpedro

segunda-feira, março 21, 2005

E estás em mim como a flor na ideia
e o livro no espaço triste.

Herberto Hélder

domingo, março 20, 2005

I've seen it all, I have seen the trees,
I've seen the willow leaves dancing in the breeze
I've seen a man killed by his best friend,
And lives that were over before they were spent.
I've seen what I was - I know what I'll be
I've seen it all - there is no more to see!

You haven't seen elephants, kings or Peru!
I'm happy to say I had better to do
What about China? Have you seen the Great Wall?
All walls are great, if the roof doesn't fall!

And the man you will marry?
The home you will share?
To be honest, I really don't care...

You've never been to Niagara Falls?
I have seen water, its water, that's all...
The Eiffel Tower, the Empire State?
My pulse was as high on my very first date!
Your grandson's hand as he plays with your hair?
To be honest, I really don't care...

I've seen it all, I've seen the dark
I've seen the brightness in one little spark.
I've seen what I chose and I've seen what I need,
And that is enough, to want more would be greed.
I've seen what I was and I know what I'll be
I've seen it all - there is no more to see!

You've seen it all and all you have seen
You can always review on your own little screen
The light and the dark, the big and the small
Just keep in mind - you need no more at all
You've seen what you were and know what you'll be
You've seen it all - there is no more to see!

Dancer in the dark - Lars Von Trier

sábado, março 19, 2005

So be it, I'm your crowbar
If that’s what I am so far
Until you get out of this mess
And I will pretend
That I don’t know of your sins
Until you are ready to confess
But all the time, all the time
I'll know, I'll know
And you can use my skin
To bury your secrets in
And I will settle you down
And at my own suggestion,
I will ask no questions
While I do my thing in the background
But all the time, all the time
I’ll know, I'll know
Baby-I can't help you out, while she's still around
So for the time being, I'm being patient
And amidst this bitterness
If you'll consider this-even if it don’t make sense
All the time-give it time
And when the crowd becomes your burden
And you've early closed your curtains,
I'll wait by the backstage door
While you try to find the lines to speak your mind
And pray it open, hoping for an encore
And if it gets too late, for me to wait
For you to find you love me, and tell me so
It's ok, don’t need to say it

I know - Fiona Apple