terça-feira, julho 12, 2005

A beleza é um conceito que me fascina! Como todos sabemos, é relativo, subjectivo, altamente pessoal. A sua definição pura e absoluta não existe!
Mas mesmo a beleza numa mesma pessoa varia, evolui, modifica-se. Comigo acontece sempre ou, pelo menos, muito frequentemente. Raramente a minha apreciação da beleza física de uma pessoa se mantém inalterável com o passar do tempo. Porque com o conhecer, conviver, aprender a gostar, ou não, da pessoa, começa a entrar na percepção da mesma um factor de peso: a personalidade, os pequenos gestos, os pequenos detalhes, a voz, as acções. O que se costuma designar pelo cliché da beleza interior.
Se sempre notei este facto, agora, com a entrada no quarto mês no meu novo trabalho, agudizou-se, até porque é uma abstracção que há algum tempo vem ocupando a minha mente. Em todos os trabalhos, turmas de escola, vizinhança, grupos de amigos, famílias, existem os homens/mulheres mais bonitos, os mais simpáticos, os mais inteligentes, os mais feios, os carismáticos, os mais estúpidos, os mais engraçados. É uma categorização estereotipada e simplista dos grupos. O certo é que as categorizações gerais na empresa raramente coincidem com as minhas. O exibicionismo, o falar alto, o insinuar-se, o gabar-se, o passar à frente dos outros, o acotovelar, a sede pelo poder e pelo dinheiro não me são atraentes.
Resultado: por vezes dou por mim a observar discretamente determinada pessoa para descobrir a sua beleza, vista pela maioria, ou, pelo contrário, ponho-me a pensar como ainda não descobriram a beleza de outras.

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