segunda-feira, agosto 28, 2006

Havia tanto que havia ficado encarcerado dentro de mim, deixando um rasto de ferrugem... Juntamente com a tristeza, a mágoa, a desilusão.
Tudo foi expelido do organismo ontem!
Foi dito o que sempre precisámos e quisémos partilhar.
Receava as consequências de ter fugido a este confronto durante anos.
Quando vieste ao meu encontro, depois de algum tempo, e conversámos sobre o que havia acontecido, senti um grande alívio.
Abracei-te, disse-te e senti 'gosto muito de ti'.
A casca de metal que me protegia vai desaparecendo aos poucos.
Estou a resolver problemas suspensos, estou a começar a aceitar-me, estou a fortalecer...
Será isto a maturidade?

sábado, agosto 26, 2006

Hoje, quando estavas ao meu colo, eu chorava e tentava que não percebesses.
Até que perguntaste 'titi que tens?'
'Não é nada lindo, não é nada'
E abracei-te para que não me visses o rosto.
Mas afastavas-te sempre para que os teus olhos me encontrassem e perguntavas novamente.
Desculpa por teres assistido ao ruir das minhas defesas, ao desabar das minhas forças...

quarta-feira, agosto 23, 2006

Uma vez comparaste-me à música clássica.
Música que se demora a conhecer, com muitas nuances, muitas emoções e que, com o tempo, aprendemos a gostar a ficamos fascinados.
Talvez por isso tenha, por vezes, a sensação de estar a aborrecer de morte as pessoas que me ouvem.
Mas, como tudo, é um questão de perspectiva...

terça-feira, agosto 22, 2006

Certa vez conheci alguém sábio que me observou, com olhar penetrante, e leu-me a alma por detrás da vergonha e do constrangimento.
No fim da noite, numa conversa sobre o amor, ele disse:
- Essa fase vai acabar quando te considerares digna de ser amada.
E fiquei com vontade de me esconder algures, escondida, protegida, na posição fetal.
Foi o que aconteceu contigo!
Por não me achar digna de ti e por saber que iria sofrer, arranquei-te de mim com as minhas próprias mãos.
Não previa era mais tarde aproximar-me e sofrer como nunca antes.

segunda-feira, agosto 21, 2006

Que se faz quando se tem um problema sério e não se pode ou não se sabe resolver?
Mas que se tem um feeling que vai acabar mal?

quarta-feira, agosto 16, 2006

Porque parece que me estão a definir...

Põe-me o braço no ombro
Eu preciso de alguém
Dou-me com toda a gente
Não me dou a ninguém
Frágil
Sinto-me frágil

Faz-me um sinal qualquer
Se me vires falar demais
Eu às vezes embarco
Em conversas banais
Frágil
Sinto-me frágil

Frágil
Esta noite estou tão frágil
Frágil
Já nem consigo ser ágil

Está a saber-me mal
Este Whisky de malte
Adorava estar "in"
Mas estou-me a sentir "out"
Frágil
Sinto-me frágil

Acompanha-me a casa
Já não aguento mais
Deposita na cama
Os meus restos mortais
Frágil
Sinto-me frágil

Frágil
Esta noite estou tão frágil
Frágil
Já nem consigo ser ágil

Frágil - Jorge Palma

terça-feira, agosto 15, 2006

Recordo perfeitamente um certo dia, poucas semanas depois de ter deixado de trabalhar com vocês, em que estava a falar contigo ao telémovel e disseste-me que ele estava bem perto de ti.
Bastou-me perguntar de que cor ele estava vestido e tu responderes azul, que vi-o logo na minha mente.
Soube o fato, a camisa, a gravata que trazia vestido.
Era capaz de imaginar a fronteira entre o colarinho da camisa e o pescoço, cada botão, cada milímetro das calças.
O cabelo, a nuca, os lábios, o olhar.
Tudo me invadiu em segundos.
E deu uma saudade de quando nos encontrávamos nos corredores da empresa, nas escadas, nas salas.
Faz-me tanta falta!

segunda-feira, agosto 14, 2006

Há uns dias que a decisão estava eminente.
Não havia mais como escapar!
Durante dias falámos sobre o assunto e pensei...
Pensei... e perante as tuas palavras tomei uma decisão...

'Só quero estar contigo, falar contigo, ouvir-te.
Sonho ou não, a saudade é maior.
Ilusão ou loucura és tu que eu quero abraçar, beijar.
A tua maneira de ser e de sentir é tudo para mim!
Tu és o sonho, mas o sonho que eu quero sentir e viver.
Da mesma forma que deixei o passado por amar, é contigo que quero estar!
Mas também é por te amar, que aceito que não venhas a sentir o mesmo'.

E escolhi...
Permaneço sozinha!
Mas verdadeira para comigo... e para contigo!
Não tinha o direito de nos enganar e mentir.
Espero que compreendas...

domingo, agosto 13, 2006

Porque a música é linda!
Porque a voz de Manuela Azevedo também...
Porque me faz pensar em ti...
Porque tem tudo a ver comigo...

Só pra dizer que te amo,
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.

Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

Só pra dizer que te amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.

E até nos momentos em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dizê-lo a cantar.
Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto.

Problema de expressão - Clã

quinta-feira, agosto 10, 2006

Não gosto e não permito que critiquem as pessoas de que gosto...
Quer se trate de amigos, namorados ou familiares.
Lembrei-me de uma conversa com os meus pais.
O meu pai não é muito dado a elogios gratuitos.
Recordo-me de alguns que me tenha feito, mas...
Uma noite antes de sair, estávamos a conversar.
E começámos a falar sobre uma pessoa por quem estava apaixonada...
Mas por quem também estava a sofrer.
E disse-lhes que não queria que o criticassem.
Além de não ajudar, a pessoa não deixava de ser especial.
Continuava a ser a pessoa por quem me tinha apaixonado.
Quando o meu pai responde:
- Não estou a falar mal dele. Apenas acho que é burro...
Depois acrescentou ao ver a minha expressão:
- Burro porque não vê o valor da minha filha e o quanto ela gosta dele.
Repetindo o facto de não ser muito dado a elogios, fui buscar o queixo que jazia no chão da sala...

terça-feira, agosto 08, 2006

Tal como eu, és uma pessoa muito reservada.
Demonstras facilmente gratidão, amor, compreensão...
Mas é-te muito difícil partilhares o que te faz sofrer, o que te magoa...
Isso fica encarcerado em ti, não queres preocupar os outros.
Esta manhã chegaste ao meu quarto e percebi que precisavas falar.
Entraste e sentaste-te na minha cama.
Eu percebi o sinal!
Fechei o livro e sorri.
Falaste, partilhaste, choraste...
Estavas frágil e desprotegida.
Abracei-te...
Senti-te mais leve e em paz.
À noite era eu que estava instável, ansiosa.
Decidi meditar.
E foi aí que as tuas frases me arrombaram a mente e as lágrimas se perderam na pele...
Percebi o quanto tinha ficado marcada, assustada, preocupada.
Não sei se o fardo não é pesado demais para mim...
É doloroso!
Mas ficará comigo!
Se ao menos acreditasses quando digo que és linda e muito especial...
Faria de mim uma filha melhor.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Quando à despedida te olhei uma última vez e vi os teus olhos vermelhos queimados pela tristeza aos 90 anos, regressei aos meus 3 com os caracóis presos num rabo de cavalo e um vestidinho com mangas de balão.
Depois de uma tarde a ouvir-te constantemente 'estás tão linda!' deu-me um nó na alma...
Vou sentir a tua falta!

quarta-feira, agosto 02, 2006

Há pessoas que são frequentemente elogiadas.
Pela sua beleza, inteligência, elegância, sentido de humor...
Geralmente, para além de não saber receber elogios, tenho a tendência para ouvir os mais bizarros.
Tive uma amiga que, numa conversa, sorriu e disse:
- Estás cada vez mais parecida com a Rainha D. Amélia.
- Desculpa?!
Fui logo assaltada por uma dúvida 'alguém por acaso tem uma enciclopédia de história à mão?'