domingo, setembro 11, 2005

Apesar de nunca o ter revelado, o propósito deste blog era ser uma dedicatória para ti. Dizer aqui tudo o que sabia não poder dizer-to.
Quando te conheci estavas magoado e desconfiado demais. Ficavas desconfortável com qualquer elogio ou com qualquer aspecto positivo que apontasse em ti ou nos outros, reagias com descrédito e ironia. Daí que, desde que me apaixonei por ti (e lembro-me bem do momento em que, depois de um jantar que pensaste desastroso, me apaixonei pelo que lia nos teus olhos quando estávamos naquele bar apinhado de gente) senti necessidade de expressar sentimentos e emoções.
E criei este blog. Esta é a explicação para o segundo post do mesmo ser exactamente a música que sempre associei a ti. Mas tudo isto sofreu uma transformação quando comentei contigo a criação de um blog meu e depois te disse o endereço. Não mais me senti livre e tive de me ajustar no período seguinte, tentando parecer imparcial.
Com o passar do tempo percebi que não o visitaste nem o leste, o que aos poucos foi-me fazendo recuperar a minha liberdade e fui fazendo referências a ti.
Os meses foram passando, a paixão transformou-se, tomando novas formas até que morreu. E com ela todo o objectivo deste blog. Continuo a admirar a pessoa que és, a reconhecer-te imensas qualidades e a agradecer-te por me teres feito descobrir tanto de mim que não conhecia.
No entanto, agora chegou o momento que considero previsível. Declaro oficialmente a morte do Life in a Poetry Book. Obrigada a todas as pessoas que gastaram minutos da sua vida a lerem fragmentos da minha. Obrigada pelos comentários e por estes meses de auto-análise e crescimento.
Quem sabe um dia não encontro outro propósito para este pequeno espaço do meu mundo?

sábado, setembro 10, 2005



Porque não me apetece falar...