terça-feira, maio 17, 2005

De vez em quando, e não tão raramente quanto seria de esperar com a velocidade a que actualmente se corre pela vida, vivo momentos de verdadeira plenitude e perfeição. Em que todo o universo está alinhado exactamente como deveria estar. O que geralmente acontece nos momentos mais simples... Quando estou a olhar o mar, quando estou a passear nos meus locais favoritos, quando oiço uma música que realmente me toca, quando leio um bom livro...
Este sábado senti que a areia podia deixar de correr pela ampulheta, porque tudo estava simplesmente perfeito. Estavas nos meus braços, a tua pele junto da minha, as minhas mãos na madeixas do teu cabelo, a tua respiração morna e calma, as tuas mãozinhas pequeninas no meu pescoço, os teus olhos que, apesar de mortiços pela febre, me deram amor e gratidão. Estavas desprotegido, nos meus braços, receptivo aos meus carinhos e ao meu amor. Há meses que não tínhamos um momento assim. Lembrei-me de quando nasceste e eu cantava para ti. Agora és mais independente, já não te deixas facilmente estar nos meus braços. Queres descobrir o mundo. E como ele te desperta curiosidade e fascínio! E como eu adoro assistir a todas as tuas descobertas! Ainda bem que entraste na minha vida!

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