Gostava que visses em mim...
Nas minhas mãos, nos meus olhos, na minha boca...
Uma extensão do teu corpo, da tua alma...
Porque trago-te em mim...
Levo-te comigo por cada rua, avenida, beco sem saída...
Nunca o pediste, eu sei... mas já me tens!
14 de Março de 2005
segunda-feira, dezembro 19, 2005
sábado, novembro 19, 2005
domingo, setembro 11, 2005
Apesar de nunca o ter revelado, o propósito deste blog era ser uma dedicatória para ti. Dizer aqui tudo o que sabia não poder dizer-to.
Quando te conheci estavas magoado e desconfiado demais. Ficavas desconfortável com qualquer elogio ou com qualquer aspecto positivo que apontasse em ti ou nos outros, reagias com descrédito e ironia. Daí que, desde que me apaixonei por ti (e lembro-me bem do momento em que, depois de um jantar que pensaste desastroso, me apaixonei pelo que lia nos teus olhos quando estávamos naquele bar apinhado de gente) senti necessidade de expressar sentimentos e emoções.
E criei este blog. Esta é a explicação para o segundo post do mesmo ser exactamente a música que sempre associei a ti. Mas tudo isto sofreu uma transformação quando comentei contigo a criação de um blog meu e depois te disse o endereço. Não mais me senti livre e tive de me ajustar no período seguinte, tentando parecer imparcial.
Com o passar do tempo percebi que não o visitaste nem o leste, o que aos poucos foi-me fazendo recuperar a minha liberdade e fui fazendo referências a ti.
Os meses foram passando, a paixão transformou-se, tomando novas formas até que morreu. E com ela todo o objectivo deste blog. Continuo a admirar a pessoa que és, a reconhecer-te imensas qualidades e a agradecer-te por me teres feito descobrir tanto de mim que não conhecia.
No entanto, agora chegou o momento que considero previsível. Declaro oficialmente a morte do Life in a Poetry Book. Obrigada a todas as pessoas que gastaram minutos da sua vida a lerem fragmentos da minha. Obrigada pelos comentários e por estes meses de auto-análise e crescimento.
Quem sabe um dia não encontro outro propósito para este pequeno espaço do meu mundo?
Quando te conheci estavas magoado e desconfiado demais. Ficavas desconfortável com qualquer elogio ou com qualquer aspecto positivo que apontasse em ti ou nos outros, reagias com descrédito e ironia. Daí que, desde que me apaixonei por ti (e lembro-me bem do momento em que, depois de um jantar que pensaste desastroso, me apaixonei pelo que lia nos teus olhos quando estávamos naquele bar apinhado de gente) senti necessidade de expressar sentimentos e emoções.
E criei este blog. Esta é a explicação para o segundo post do mesmo ser exactamente a música que sempre associei a ti. Mas tudo isto sofreu uma transformação quando comentei contigo a criação de um blog meu e depois te disse o endereço. Não mais me senti livre e tive de me ajustar no período seguinte, tentando parecer imparcial.
Com o passar do tempo percebi que não o visitaste nem o leste, o que aos poucos foi-me fazendo recuperar a minha liberdade e fui fazendo referências a ti.
Os meses foram passando, a paixão transformou-se, tomando novas formas até que morreu. E com ela todo o objectivo deste blog. Continuo a admirar a pessoa que és, a reconhecer-te imensas qualidades e a agradecer-te por me teres feito descobrir tanto de mim que não conhecia.
No entanto, agora chegou o momento que considero previsível. Declaro oficialmente a morte do Life in a Poetry Book. Obrigada a todas as pessoas que gastaram minutos da sua vida a lerem fragmentos da minha. Obrigada pelos comentários e por estes meses de auto-análise e crescimento.
Quem sabe um dia não encontro outro propósito para este pequeno espaço do meu mundo?
sábado, setembro 10, 2005
terça-feira, agosto 30, 2005
sábado, agosto 27, 2005
Ontem, tal como havíamos combinado, fui encontrar-me contigo depois do trabalho.
Depois de sete horas de trabalho, uma entrevista para outro trabalho, duas viagens de comboio à beira-mar, lá fui eu à procura do jornal.
Com o meu sentido de orientação único, perdi-me pelas ruas e ruelas, largos e travessas do Bairro Alto. E adorei! Cada vez gosto mais de passear, perder-me pela Lisboa antiga.
Depois de mais de meia hora a contemplar as ruas, a observar as pessoas, encontrei o jornal. Sentei-me na soleira de uma porta e esperei por ti uns escassos cinco minutos a ver pessoas a passar, a conversar, ou à janela a fumar.
E, passados uns meses de ausência quase completa, encontrámo-nos e pusemos a conversa em dia. Cada vez mais me convenço que a amizade é saber respeitar os ritmos, os tempos e os espaços de cada um. Após algum tempo em que ambas, por diversos motivos, sentimos necessidade de nos ausentar um pouco, ontem contámos animadamente uma à outra todas as alterações que entretanto marcaram a nossa vida. E foi bom sentir que ainda fazemos parte da história uma da outra!
Depois de sete horas de trabalho, uma entrevista para outro trabalho, duas viagens de comboio à beira-mar, lá fui eu à procura do jornal.
Com o meu sentido de orientação único, perdi-me pelas ruas e ruelas, largos e travessas do Bairro Alto. E adorei! Cada vez gosto mais de passear, perder-me pela Lisboa antiga.
Depois de mais de meia hora a contemplar as ruas, a observar as pessoas, encontrei o jornal. Sentei-me na soleira de uma porta e esperei por ti uns escassos cinco minutos a ver pessoas a passar, a conversar, ou à janela a fumar.
E, passados uns meses de ausência quase completa, encontrámo-nos e pusemos a conversa em dia. Cada vez mais me convenço que a amizade é saber respeitar os ritmos, os tempos e os espaços de cada um. Após algum tempo em que ambas, por diversos motivos, sentimos necessidade de nos ausentar um pouco, ontem contámos animadamente uma à outra todas as alterações que entretanto marcaram a nossa vida. E foi bom sentir que ainda fazemos parte da história uma da outra!
terça-feira, agosto 16, 2005
segunda-feira, agosto 15, 2005
sábado, agosto 13, 2005
Amar...
O sentimento de amar desperta o melhor e o pior em mim. Apesar de ser completamente dedicada à pessoa, preocupada com o que está a sentir e a fazer, fiel, compreensiva, amar torna-me frágil, auto-destrutiva.
Isto porque insegurança é uma característica muito vincada do meu temperamento e, para amar alguém, esse alguém é certamente muito especial. O que me faz desejar sempre ser mais magra, mais bonita, mais inteligente, mais culta, para então ser digna dele. Esses objectivos não são alcançados, o que me faz sentir indigna de qualquer retribuição e incapaz de despertar o mesmo sentimento que essa pessoa despertou em mim. E então analiso com muito cuidado os sinais que me são enviados para me poupar a eventuais e futuros sofrimentos.
Passado algum tempo em que, simultaneamente, construo ilusões e destruo-me e insulto-me por sonhar, desisto do sentimento e deixo-o voar. No entanto, quando desisto de amar acabo sempre por constatar que tinha razão: o sentimento não era mútuo e eu não era definitivamente a pessoa adequada para ele.
E com essa convicção tento reconstruir os pedaços de mim, costurar os rasgões da alma. Consciente de que a felicidade de ninguém se deve basear apenas num factor, numa pessoa, porque nem sempre ela lá vai estar e é um fardo muito pesado para qualquer um ser o único e exclusivo detentor da felicidade de alguém, avanço lentamente pelo meu caminho. Gozando todos os momentos de felicidade que preenchem os meus dias, tentando aprender tudo o que possa e lutando por ser a pessoa que sonho.
Quem sabe um dia?
O sentimento de amar desperta o melhor e o pior em mim. Apesar de ser completamente dedicada à pessoa, preocupada com o que está a sentir e a fazer, fiel, compreensiva, amar torna-me frágil, auto-destrutiva.
Isto porque insegurança é uma característica muito vincada do meu temperamento e, para amar alguém, esse alguém é certamente muito especial. O que me faz desejar sempre ser mais magra, mais bonita, mais inteligente, mais culta, para então ser digna dele. Esses objectivos não são alcançados, o que me faz sentir indigna de qualquer retribuição e incapaz de despertar o mesmo sentimento que essa pessoa despertou em mim. E então analiso com muito cuidado os sinais que me são enviados para me poupar a eventuais e futuros sofrimentos.
Passado algum tempo em que, simultaneamente, construo ilusões e destruo-me e insulto-me por sonhar, desisto do sentimento e deixo-o voar. No entanto, quando desisto de amar acabo sempre por constatar que tinha razão: o sentimento não era mútuo e eu não era definitivamente a pessoa adequada para ele.
E com essa convicção tento reconstruir os pedaços de mim, costurar os rasgões da alma. Consciente de que a felicidade de ninguém se deve basear apenas num factor, numa pessoa, porque nem sempre ela lá vai estar e é um fardo muito pesado para qualquer um ser o único e exclusivo detentor da felicidade de alguém, avanço lentamente pelo meu caminho. Gozando todos os momentos de felicidade que preenchem os meus dias, tentando aprender tudo o que possa e lutando por ser a pessoa que sonho.
Quem sabe um dia?
sábado, agosto 06, 2005
Os dias nem sempre são fáceis.
Hoje interroguei-me o porquê do corpo e da mente, por vezes, se desencontrarem tanto.
A minha avó encontra-se em processo lento de desgaste físico, de colapso. Os órgãos não mais suportam viver, é uma tarefa árdua demais a ser levada a cabo. O corpo cede, os órgãos vão morrendo lentamente. O que é difícil assistir... As marcas deixadas pela má circulação, a respiração difícil pelo mau funcionamento de apenas um pulmão, o bater lento de um coração velho e gasto de viver, de sentir, de sofrer.
Mas o que é mais doloroso para todos, e ainda mais para ela, é a lucidez, a sobriedade, a nitidez de raciocínio aos 89 anos e o espanto e desilusão no seu rosto por o corpo já não responder. Muitas vezes oiço-a dizer com uma lágrima nos olhos: ‘Mas o que se passa comigo? O que eu sou e o que eu era!’ E recordo-me das férias de Verão passadas com ela e com o meu avô (que já morreu há 14 anos). A minha avó não é mais a pessoa alegre que aparecia nas suas histórias de juventude, a pessoa lutadora que educou seis filhos, a avó carinhosa de sorriso no rosto. Agora é apenas um ser humano em sofrimento, choroso, e consciente da dor que semeia numa família desgastada pela situação.
Hoje interroguei-me o porquê do corpo e da mente, por vezes, se desencontrarem tanto.
A minha avó encontra-se em processo lento de desgaste físico, de colapso. Os órgãos não mais suportam viver, é uma tarefa árdua demais a ser levada a cabo. O corpo cede, os órgãos vão morrendo lentamente. O que é difícil assistir... As marcas deixadas pela má circulação, a respiração difícil pelo mau funcionamento de apenas um pulmão, o bater lento de um coração velho e gasto de viver, de sentir, de sofrer.
Mas o que é mais doloroso para todos, e ainda mais para ela, é a lucidez, a sobriedade, a nitidez de raciocínio aos 89 anos e o espanto e desilusão no seu rosto por o corpo já não responder. Muitas vezes oiço-a dizer com uma lágrima nos olhos: ‘Mas o que se passa comigo? O que eu sou e o que eu era!’ E recordo-me das férias de Verão passadas com ela e com o meu avô (que já morreu há 14 anos). A minha avó não é mais a pessoa alegre que aparecia nas suas histórias de juventude, a pessoa lutadora que educou seis filhos, a avó carinhosa de sorriso no rosto. Agora é apenas um ser humano em sofrimento, choroso, e consciente da dor que semeia numa família desgastada pela situação.
sexta-feira, agosto 05, 2005
So there was this women and
she was on an airplane and
she's flying to meet her fiancé
sailing high above the largest ocean
on planet earth and she was seated
next to this man who you know
she had tried to start a conversation
but really the only thing
she heard him say was to order his bloody mary
and she's sitting there and she's reading
this really arduous magazine article about this
third world country that she couldn't
even pronounce the name of
and she's feeling very bored and very despondent
and then uh suddenly there's this huge mechanical failure and one of the engines gave out
and they started just falling thirty thousand feet
and the pilots on the microphone and he's saying,
"I'm sorry, I'm sorry, Oh My God, I'm Sorry"
and apologizing and she looks at the man and she says,
"where are we going" and he looks at her and he says,
"We're going to a party, it's a birthday party.
It's your birthday party, happy birthday darling.
We love you very, very, very, very, very, very, very much."
and then he starts humming this
little tune and it kind of goes like this:
One, Two, One, Two, Three, Four
We must talk in every telephone, get eaten off the web
We must rip out all the epilogues from the books we have read
And to the face of every criminal strapped firmly in a chair
We must stare, we must stare, we must stare
We must take all of the medicines too expensive now to sell
Set fire to the preacher who is promising us hell
And in the ear of every anarchist who sleeps but doesn't dream
We must sing, we must sing, we must sing
And it'll go like this
While my mother waters plants my father loads his gun.
He says, "Death will give us back to god,
just like the setting sun
is returned to the lonesome ocean."
And then they splashed into the deep blue sea
It was a wonderful splash
We must blend into the choir, sing a static with the whole
We must memorize nine numbers and deny we have a soul
And to this endless race for property and privilege to be won
We must run, we must run, we must run
We must hang up in the belfry where the bats in moonlight laugh
We must stare into a crystal ball and only see the past
And in the caverns of tomorrow with our flashlights and our love
We must plunge, we must plunge, we must plunge
And then we'll get down there,
way down to the very bottom of everything
and then we'll see it, we'll see it, we'll see it
Oh my morning's coming back
The whole worlds waking up
Oh the city bus is swimming past
I'm happy just because
I found out I am really no one
At the bottom of everything - Bright Eyes
she was on an airplane and
she's flying to meet her fiancé
sailing high above the largest ocean
on planet earth and she was seated
next to this man who you know
she had tried to start a conversation
but really the only thing
she heard him say was to order his bloody mary
and she's sitting there and she's reading
this really arduous magazine article about this
third world country that she couldn't
even pronounce the name of
and she's feeling very bored and very despondent
and then uh suddenly there's this huge mechanical failure and one of the engines gave out
and they started just falling thirty thousand feet
and the pilots on the microphone and he's saying,
"I'm sorry, I'm sorry, Oh My God, I'm Sorry"
and apologizing and she looks at the man and she says,
"where are we going" and he looks at her and he says,
"We're going to a party, it's a birthday party.
It's your birthday party, happy birthday darling.
We love you very, very, very, very, very, very, very much."
and then he starts humming this
little tune and it kind of goes like this:
One, Two, One, Two, Three, Four
We must talk in every telephone, get eaten off the web
We must rip out all the epilogues from the books we have read
And to the face of every criminal strapped firmly in a chair
We must stare, we must stare, we must stare
We must take all of the medicines too expensive now to sell
Set fire to the preacher who is promising us hell
And in the ear of every anarchist who sleeps but doesn't dream
We must sing, we must sing, we must sing
And it'll go like this
While my mother waters plants my father loads his gun.
He says, "Death will give us back to god,
just like the setting sun
is returned to the lonesome ocean."
And then they splashed into the deep blue sea
It was a wonderful splash
We must blend into the choir, sing a static with the whole
We must memorize nine numbers and deny we have a soul
And to this endless race for property and privilege to be won
We must run, we must run, we must run
We must hang up in the belfry where the bats in moonlight laugh
We must stare into a crystal ball and only see the past
And in the caverns of tomorrow with our flashlights and our love
We must plunge, we must plunge, we must plunge
And then we'll get down there,
way down to the very bottom of everything
and then we'll see it, we'll see it, we'll see it
Oh my morning's coming back
The whole worlds waking up
Oh the city bus is swimming past
I'm happy just because
I found out I am really no one
At the bottom of everything - Bright Eyes
quarta-feira, agosto 03, 2005
I don't think you love me
Confusion settling in
I don't think I'll be staying
Around here, anymore
There's no question that I love you
But I'm living in my own time
And here I am debating
Whether I'm wrong, or right
Who am I
To make a judgement of
Your life
I'm only
Passing by
Passing by
All the promises I gave you
Helped me to survive
And all the times I wished you'd save me
You were the love of my life
Who am I
To make a judgement of
Your life
I'm only
Passing by
Passing by
I'm only passing by ...
Passing by - Zero 7
Confusion settling in
I don't think I'll be staying
Around here, anymore
There's no question that I love you
But I'm living in my own time
And here I am debating
Whether I'm wrong, or right
Who am I
To make a judgement of
Your life
I'm only
Passing by
Passing by
All the promises I gave you
Helped me to survive
And all the times I wished you'd save me
You were the love of my life
Who am I
To make a judgement of
Your life
I'm only
Passing by
Passing by
I'm only passing by ...
Passing by - Zero 7
domingo, julho 31, 2005
quinta-feira, julho 28, 2005
A dor que senti durante uns meses quase desapareceu. Como te disse, tudo seguiria o seu percurso natural, não havia porque forçar algo. E se, durante meses, esperei que ligasses, esperei um convite, sofri e chorei por nada disso acontecer, eu sabia que, um dia, a dor seria menor até desaparecer.
Não nego que, por vezes, ainda dói. Mas já pouco me importa! Agora já não espero. Já não sofro com a possibilidade de não mais te ver. Já pouco me importa! Durante meses cada vez que escrevia algo aqui pensava na tua opinião. Agora já pouco me importa! Já não magoa saber que não te interessa estar comigo, ler o que escrevo. Mas ainda não consigo evitar a queda de uma lágrima pela morte da ilusão e do sonho. Mas já pouco me importa!
Não nego que, por vezes, ainda dói. Mas já pouco me importa! Agora já não espero. Já não sofro com a possibilidade de não mais te ver. Já pouco me importa! Durante meses cada vez que escrevia algo aqui pensava na tua opinião. Agora já pouco me importa! Já não magoa saber que não te interessa estar comigo, ler o que escrevo. Mas ainda não consigo evitar a queda de uma lágrima pela morte da ilusão e do sonho. Mas já pouco me importa!
quarta-feira, julho 27, 2005
Encontrei num blog deste mundo cibernauta este post:
'Há um exacto momento em que tomamos consciência de que a estratégia em curso não está a ser bem sucedida. Podemos estar errados há muito tempo. Podemos ter sido alertados por toda a gente que nos rodeia. Não interessa. São centésimos de segundo que mudam o rumo da coisas. É um instante. O instante em que dizemos: ASSIM NÃO! Ontem, quando voltava para casa, aconteceu o meu momento. Não doeu. Nem sequer me fez perder a calma. Aceitei com a serenidade que me faltou até agora.'
Como ele disse tudo o que não encontrei palavras para dizer... Com excepção de que comigo aconteceu no sábado. Doeu. E chorei.
'Há um exacto momento em que tomamos consciência de que a estratégia em curso não está a ser bem sucedida. Podemos estar errados há muito tempo. Podemos ter sido alertados por toda a gente que nos rodeia. Não interessa. São centésimos de segundo que mudam o rumo da coisas. É um instante. O instante em que dizemos: ASSIM NÃO! Ontem, quando voltava para casa, aconteceu o meu momento. Não doeu. Nem sequer me fez perder a calma. Aceitei com a serenidade que me faltou até agora.'
Como ele disse tudo o que não encontrei palavras para dizer... Com excepção de que comigo aconteceu no sábado. Doeu. E chorei.
terça-feira, julho 26, 2005
Let it die and get out of my mind
We don't see eye to eye
Or hear ear to ear
Don't you wish that we could forget that kiss ?
And see this for what it is
That we're not in love
The saddest part of a broken heart
Isn't the ending so much as the start
It was hard to tell just how I felt
To not recognize myself
I started to fade away
And after all it won't take long to fall in love
Now I know what I don't want
I learned that with you
The saddest part of a broken heart
Isn't the ending so much as the start
The tragedy starts from the very first spark
Losing your mind for the sake of your heart
The saddest part of a broken heart
Isn't the ending so much as the start
Let it die - Feist
We don't see eye to eye
Or hear ear to ear
Don't you wish that we could forget that kiss ?
And see this for what it is
That we're not in love
The saddest part of a broken heart
Isn't the ending so much as the start
It was hard to tell just how I felt
To not recognize myself
I started to fade away
And after all it won't take long to fall in love
Now I know what I don't want
I learned that with you
The saddest part of a broken heart
Isn't the ending so much as the start
The tragedy starts from the very first spark
Losing your mind for the sake of your heart
The saddest part of a broken heart
Isn't the ending so much as the start
Let it die - Feist
segunda-feira, julho 18, 2005
Ontem senti algo morrer dentro de mim! Morreu um sonho... Foi com tristeza que assisti à morte de um sonho, mas hoje dei as boas vindas a um novo. Durante uns tempos vou-me permitir alimentar este sonho. Permitir-me-ia tudo o que agora preciso. Principalmente a possibilidade de acreditar em alguma mudança num quotidiano sempre igual. Neste momento sinto uma esperança no futuro! Mesmo que nada mude, só pelo brilho que esta noite ganhou já valeu a pena!
quinta-feira, julho 14, 2005
You'll never touch - these things that I hold
The skin of my emotions lies beneath my own
You'll never feel the heat of this soul
My fever burns me deeper than I've ever shown - to you
You'll never live the life that I live
I'll never live the life that wakes me in the night
You'll never hear the message I give
You'll say it looks as though I might give up this fight
Never is a promise - Fiona Apple
terça-feira, julho 12, 2005
A beleza é um conceito que me fascina! Como todos sabemos, é relativo, subjectivo, altamente pessoal. A sua definição pura e absoluta não existe!
Mas mesmo a beleza numa mesma pessoa varia, evolui, modifica-se. Comigo acontece sempre ou, pelo menos, muito frequentemente. Raramente a minha apreciação da beleza física de uma pessoa se mantém inalterável com o passar do tempo. Porque com o conhecer, conviver, aprender a gostar, ou não, da pessoa, começa a entrar na percepção da mesma um factor de peso: a personalidade, os pequenos gestos, os pequenos detalhes, a voz, as acções. O que se costuma designar pelo cliché da beleza interior.
Se sempre notei este facto, agora, com a entrada no quarto mês no meu novo trabalho, agudizou-se, até porque é uma abstracção que há algum tempo vem ocupando a minha mente. Em todos os trabalhos, turmas de escola, vizinhança, grupos de amigos, famílias, existem os homens/mulheres mais bonitos, os mais simpáticos, os mais inteligentes, os mais feios, os carismáticos, os mais estúpidos, os mais engraçados. É uma categorização estereotipada e simplista dos grupos. O certo é que as categorizações gerais na empresa raramente coincidem com as minhas. O exibicionismo, o falar alto, o insinuar-se, o gabar-se, o passar à frente dos outros, o acotovelar, a sede pelo poder e pelo dinheiro não me são atraentes.
Resultado: por vezes dou por mim a observar discretamente determinada pessoa para descobrir a sua beleza, vista pela maioria, ou, pelo contrário, ponho-me a pensar como ainda não descobriram a beleza de outras.
Mas mesmo a beleza numa mesma pessoa varia, evolui, modifica-se. Comigo acontece sempre ou, pelo menos, muito frequentemente. Raramente a minha apreciação da beleza física de uma pessoa se mantém inalterável com o passar do tempo. Porque com o conhecer, conviver, aprender a gostar, ou não, da pessoa, começa a entrar na percepção da mesma um factor de peso: a personalidade, os pequenos gestos, os pequenos detalhes, a voz, as acções. O que se costuma designar pelo cliché da beleza interior.
Se sempre notei este facto, agora, com a entrada no quarto mês no meu novo trabalho, agudizou-se, até porque é uma abstracção que há algum tempo vem ocupando a minha mente. Em todos os trabalhos, turmas de escola, vizinhança, grupos de amigos, famílias, existem os homens/mulheres mais bonitos, os mais simpáticos, os mais inteligentes, os mais feios, os carismáticos, os mais estúpidos, os mais engraçados. É uma categorização estereotipada e simplista dos grupos. O certo é que as categorizações gerais na empresa raramente coincidem com as minhas. O exibicionismo, o falar alto, o insinuar-se, o gabar-se, o passar à frente dos outros, o acotovelar, a sede pelo poder e pelo dinheiro não me são atraentes.
Resultado: por vezes dou por mim a observar discretamente determinada pessoa para descobrir a sua beleza, vista pela maioria, ou, pelo contrário, ponho-me a pensar como ainda não descobriram a beleza de outras.
domingo, julho 10, 2005
sábado, julho 09, 2005
Se a vossa vida fosse um filme, qual seria a música a preencher em cada uma destas partes?
Mais um desafio!
Foi preciso alguma reflexão e vasculhar todo o repertório musical para tentar, e sublinho tentar, encontrar as opções mais adequadas. Claro que isto é muito pessoal e subjectivo e cada um terá as suas. As minhas estão aqui!
Opening credits: Never know – Jack Johnson
Waking-up scene: Unfinished sympathy – Massive Attack
Average-day scene: No surprises - Radiohead
Best-friend scene: Never Let Me Down - Depeche Mode
First-date scene: Dá-me lume – Jorge Palma
Falling-in-love scene: Finally – Kings of Tomorrow
Love scene: All is full of love - Bjork
Fight-with-friend scene: I am mine – Pearl Jam
Break-up scene: Love ridden – Fiona Apple
Get-back-together scene: Gold for the price of silver – Kings of Convenience
Fight-at-home scene: Erase/rewind - Cardigans
"Life's okay" scene: A gente vai continuar – Jorge Palma
Heartbreak scene: Last goodbye – Jeff Buckley
Mental-breakdown scene: Over - Portishead
Driving scene: Wise up - Aimee Mann
Lesson-learning scene: Failure – Kings of Convenience
Deep-thought scene: Lua – Bright Eyes
Flashback scene: Do you remember – Jack Johnson
Party scene: Fun for me - Moloko
Happy dance scene: Joker – Fatboy Slim
Regret scene: Lover, you should’ve come over – Jeff Buckley
Long-night-alone scene: I’ve seen it all – Bjork e Thom Yorke
Death scene: Pyramid song - Radiohead
Closing credits: Walking in my shoes – Depeche Mode
Mais um desafio!
Foi preciso alguma reflexão e vasculhar todo o repertório musical para tentar, e sublinho tentar, encontrar as opções mais adequadas. Claro que isto é muito pessoal e subjectivo e cada um terá as suas. As minhas estão aqui!
Opening credits: Never know – Jack Johnson
Waking-up scene: Unfinished sympathy – Massive Attack
Average-day scene: No surprises - Radiohead
Best-friend scene: Never Let Me Down - Depeche Mode
First-date scene: Dá-me lume – Jorge Palma
Falling-in-love scene: Finally – Kings of Tomorrow
Love scene: All is full of love - Bjork
Fight-with-friend scene: I am mine – Pearl Jam
Break-up scene: Love ridden – Fiona Apple
Get-back-together scene: Gold for the price of silver – Kings of Convenience
Fight-at-home scene: Erase/rewind - Cardigans
"Life's okay" scene: A gente vai continuar – Jorge Palma
Heartbreak scene: Last goodbye – Jeff Buckley
Mental-breakdown scene: Over - Portishead
Driving scene: Wise up - Aimee Mann
Lesson-learning scene: Failure – Kings of Convenience
Deep-thought scene: Lua – Bright Eyes
Flashback scene: Do you remember – Jack Johnson
Party scene: Fun for me - Moloko
Happy dance scene: Joker – Fatboy Slim
Regret scene: Lover, you should’ve come over – Jeff Buckley
Long-night-alone scene: I’ve seen it all – Bjork e Thom Yorke
Death scene: Pyramid song - Radiohead
Closing credits: Walking in my shoes – Depeche Mode
sexta-feira, julho 08, 2005
Hoje sinto-me a perder!
Tanto que quero fazer e fico paralizada...
Quero assistir a mais peças de teatro! Quero voltar a ver a Companhia Nacional de Bailado Contemporâneo actuar! Quero voltar a ir a um concerto! Quero jantar à beira-mar! Quero voltar a ir a exposições! Quero viajar!
Quero voltar a sentir-me como uma criança com um brinquedo novo. Como uma criança que acaba de comer um gelado, toda lambuzada, e com um sorriso do tamanho do mundo. É assim que me sinto em cada um destes momentos.
Quero voltar a sentir que vivi um momento especial. Não consigo mais viver apenas em função dos dois trabalhos que tenho. Estou cansada, não me divirto e não consigo descansar.
terça-feira, julho 05, 2005
Gosto muito desta fotografia! Considero ter duas vertentes muito importantes: um céu azul, brilhante, e um chão com indícios de chuva, tristonho. Mas, no entanto, existe harmonia e calma entre os dois pólos.
Reflecte muito o que sou! Momentos de bem-estar, de cor, realização e plenitude; e outros de tristeza, melancolia e desilusão. Ambos sempre vividos com alguma tranquilidade... proporcionada por algum conhecimento do que sou.
domingo, julho 03, 2005
sábado, julho 02, 2005
quinta-feira, junho 30, 2005
segunda-feira, junho 27, 2005
Hoje acordei triste, desiludida… comigo.
Estou de costas voltadas para mim...
Não me olho! Não me oiço! Não quero saber do que eu própria tenha para dizer!
Depois de ontem ter passado a noite a ouvir Roisin Murphy, Portishead, Telepopmusik, Thievery Corporation, Moloko, hoje quero apenas ouvir Bright Eyes, P. J. Harvey e Thom Yorke, e toda uma série de músicas dark...
revoltadas, frustradas, angustiadas...
vezes sem conta...
até deixarem de fazer sentido.
Estou de costas voltadas para mim...
Não me olho! Não me oiço! Não quero saber do que eu própria tenha para dizer!
Depois de ontem ter passado a noite a ouvir Roisin Murphy, Portishead, Telepopmusik, Thievery Corporation, Moloko, hoje quero apenas ouvir Bright Eyes, P. J. Harvey e Thom Yorke, e toda uma série de músicas dark...
revoltadas, frustradas, angustiadas...
vezes sem conta...
até deixarem de fazer sentido.
domingo, junho 26, 2005
domingo, junho 19, 2005
sábado, junho 18, 2005
I picked you out
Of a crowd and talked to you
Said I liked your shoes
You said, "Thanks, can I follow you?"
So it's up the stairs
And out of view, no prying eyes
I poured some wine
I asked your name, you asked the time
Now it's two o'clock
The club is closed and we are up the block
Your hands are on me
Pressing hard against your jeans
Your tongue in my mouth
Trying to keep the words from coming out
You didn't care to know
Who else may have been you before
I want a lover I don't have to love
I want a girl who's too sad to give a fuck
Where's the kid with the chemicals?
I thought he said to meet him here
But I'm not sure
I've got the money
If you've got the time
You said, "It feels good"
I said "I'll give it a try"
Then my mind went dark
We both forgot where your car was parked
Let's just take the train
I'll meet up with the band in the morning
Bad actors with bad habits
Some sad singers, they just play tragic
And the phone's ringing
And the van's leaving
Let's just keep touching
Let's just keep, keep singing
I want a lover I don't have to love
I want a boy who's so drunk he doesn't talk
And where's the kid with the chemicals?
I got a hunger and I can't seem to get full
I need some meaning I can memorize
The kind I have always seems to slip my mind
But you, but you...
You write such pretty words
But life's no storybook
Love's an excuse to get hurt
And to hurt
Do you like to hurt?
I do, I do
Then hurt me
Then hurt me
Then hurt me
Lover I don’t have to love - Bright eyes
Of a crowd and talked to you
Said I liked your shoes
You said, "Thanks, can I follow you?"
So it's up the stairs
And out of view, no prying eyes
I poured some wine
I asked your name, you asked the time
Now it's two o'clock
The club is closed and we are up the block
Your hands are on me
Pressing hard against your jeans
Your tongue in my mouth
Trying to keep the words from coming out
You didn't care to know
Who else may have been you before
I want a lover I don't have to love
I want a girl who's too sad to give a fuck
Where's the kid with the chemicals?
I thought he said to meet him here
But I'm not sure
I've got the money
If you've got the time
You said, "It feels good"
I said "I'll give it a try"
Then my mind went dark
We both forgot where your car was parked
Let's just take the train
I'll meet up with the band in the morning
Bad actors with bad habits
Some sad singers, they just play tragic
And the phone's ringing
And the van's leaving
Let's just keep touching
Let's just keep, keep singing
I want a lover I don't have to love
I want a boy who's so drunk he doesn't talk
And where's the kid with the chemicals?
I got a hunger and I can't seem to get full
I need some meaning I can memorize
The kind I have always seems to slip my mind
But you, but you...
You write such pretty words
But life's no storybook
Love's an excuse to get hurt
And to hurt
Do you like to hurt?
I do, I do
Then hurt me
Then hurt me
Then hurt me
Lover I don’t have to love - Bright eyes
quinta-feira, junho 16, 2005
segunda-feira, junho 13, 2005
E porque hoje é dia 13 de Junho, dia marcado pelo 117º aniversário do nascimento de Fernando Pessoa e feriado municipal de Lisboa, cidade que tanto gosto, aproveito para expôr uma fotografia tirada num passeio pela antiga Lisboa. Ao que complemento com um poema de Pessoa, mais precisamente Álvaro de Campos, sobre a mesma.
Nada me prende a nada.
Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo.
Anseio com uma angústia de fome de carne
O que não sei que seja -
Definidamente pelo indefinido...
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.
Fecharam-me todas as portas abstratas e necessárias.
Correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua.
Não há na travessa achada o número da porta que me deram.
Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido.
Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.
Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados.
Até a vida só desejada me farta - até essa vida...
Compreendo a intervalos desconexos;
Escrevo por lapsos de cansaço;
E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia.
Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme;
Não sei que ilhas do sul impossível aguardam-me náufrago;
ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso.
Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa nenhuma...
E, no fundo do meu espírito, onde sonho o que sonhei,
Nos campos últimos da alma, onde memoro sem causa
(E o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas),
Nas estradas e atalhos das florestas longínquas
Onde supus o meu ser,
Fogem desmantelados, últimos restos
Da ilusão final,
Os meus exércitos sonhados, derrotados sem ter sido,
As minhas cortes por existir, esfaceladas em Deus.
Outra vez te revejo,
Cidade da minha infância pavorosamente perdida...
Cidade triste e alegre, outra vez sonho aqui...
Eu? Mas sou eu o mesmo que aqui vivi, e aqui voltei,
E aqui tornei a voltar, e a voltar.
E aqui de novo tornei a voltar?
Ou somos todos os Eu que estive aqui ou estiveram,
Uma série de contas-entes ligados por um fio-memória,
Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim?
Outra vez te revejo,
Com o coração mais longínquo, a alma menos minha.
Outra vez te revejo - Lisboa e Tejo e tudo -,
Transeunte inútil de ti e de mim,
Estrangeiro aqui como em toda a parte,
Casual na vida como na alma,
Fantasma a errar em salas de recordações,
Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem
No castelo maldito de ter que viver...
Outra vez te revejo,
Sombra que passa através das sombras, e brilha
Um momento a uma luz fúnebre desconhecida,
E entra na noite como um rastro de barco se perde
Na água que deixa de se ouvir...
Outra vez te revejo,
Mas, ai, a mim não me revejo!
Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim -
Um bocado de ti e de mim!...
Lisbon Revisited (1926) - Álvaro de Campos
Nada me prende a nada.
Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo.
Anseio com uma angústia de fome de carne
O que não sei que seja -
Definidamente pelo indefinido...
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.
Fecharam-me todas as portas abstratas e necessárias.
Correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua.
Não há na travessa achada o número da porta que me deram.
Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido.
Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.
Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados.
Até a vida só desejada me farta - até essa vida...
Compreendo a intervalos desconexos;
Escrevo por lapsos de cansaço;
E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia.
Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme;
Não sei que ilhas do sul impossível aguardam-me náufrago;
ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso.
Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa nenhuma...
E, no fundo do meu espírito, onde sonho o que sonhei,
Nos campos últimos da alma, onde memoro sem causa
(E o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas),
Nas estradas e atalhos das florestas longínquas
Onde supus o meu ser,
Fogem desmantelados, últimos restos
Da ilusão final,
Os meus exércitos sonhados, derrotados sem ter sido,
As minhas cortes por existir, esfaceladas em Deus.
Outra vez te revejo,
Cidade da minha infância pavorosamente perdida...
Cidade triste e alegre, outra vez sonho aqui...
Eu? Mas sou eu o mesmo que aqui vivi, e aqui voltei,
E aqui tornei a voltar, e a voltar.
E aqui de novo tornei a voltar?
Ou somos todos os Eu que estive aqui ou estiveram,
Uma série de contas-entes ligados por um fio-memória,
Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim?
Outra vez te revejo,
Com o coração mais longínquo, a alma menos minha.
Outra vez te revejo - Lisboa e Tejo e tudo -,
Transeunte inútil de ti e de mim,
Estrangeiro aqui como em toda a parte,
Casual na vida como na alma,
Fantasma a errar em salas de recordações,
Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem
No castelo maldito de ter que viver...
Outra vez te revejo,
Sombra que passa através das sombras, e brilha
Um momento a uma luz fúnebre desconhecida,
E entra na noite como um rastro de barco se perde
Na água que deixa de se ouvir...
Outra vez te revejo,
Mas, ai, a mim não me revejo!
Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim -
Um bocado de ti e de mim!...
Lisbon Revisited (1926) - Álvaro de Campos
sábado, junho 11, 2005
quarta-feira, junho 08, 2005
terça-feira, maio 31, 2005
Quando estou em paz comigo, sem lutas interiores, como hoje, divago sobre a minha fragilidade, a minha condição humana. Estranho... ou nem por isso?
Depois de quase duas horas de viagem de regresso a casa, no autocarro, escrevi o texto que se segue, após reflectir e viajar dentro de mim, reencontrar o eu que andava fugido.
‘A fragilidade tem efeitos curiosos em mim! Busco na palavra, no papel em branco, um morno sentimento de conforto. Conforto que não sou capaz de procurar junto dos outros. Apesar de, quando assisto a uma maior fragilidade em alguma pessoa, sentir-me privilegiada por poder vislumbrar a humanidade, o ser humano, dentro da capa que todos usamos hoje em dia de pessoas fortes, felizes e bem sucedidas; o certo é que não tolero demonstrar essa minha fragilidade. Em mim encaro-a como fraqueza, fracasso... Não sou capaz de dizer algo como: preciso de ti. Fico silenciosa, muda, quando a minha alma grita. Nesses momentos, desejo uns braços que me envolvam, uns lábios que me encontrem, um olhar que me abrace. Mas não permito sequer aproximações. Estou de cócoras dentro da minha casca, com receio de ser vista tão quebrável, tão humana... E hoje consegui reflectir sobre tudo isso por me sentir bem. Não preciso esconder... proteger... defender... Quem sabe amanhã?’
Depois de quase duas horas de viagem de regresso a casa, no autocarro, escrevi o texto que se segue, após reflectir e viajar dentro de mim, reencontrar o eu que andava fugido.
‘A fragilidade tem efeitos curiosos em mim! Busco na palavra, no papel em branco, um morno sentimento de conforto. Conforto que não sou capaz de procurar junto dos outros. Apesar de, quando assisto a uma maior fragilidade em alguma pessoa, sentir-me privilegiada por poder vislumbrar a humanidade, o ser humano, dentro da capa que todos usamos hoje em dia de pessoas fortes, felizes e bem sucedidas; o certo é que não tolero demonstrar essa minha fragilidade. Em mim encaro-a como fraqueza, fracasso... Não sou capaz de dizer algo como: preciso de ti. Fico silenciosa, muda, quando a minha alma grita. Nesses momentos, desejo uns braços que me envolvam, uns lábios que me encontrem, um olhar que me abrace. Mas não permito sequer aproximações. Estou de cócoras dentro da minha casca, com receio de ser vista tão quebrável, tão humana... E hoje consegui reflectir sobre tudo isso por me sentir bem. Não preciso esconder... proteger... defender... Quem sabe amanhã?’
segunda-feira, maio 30, 2005
Não consigo dormir! Então pus-me a pensar numa conversa que tive com um amigo, em que ele me disse : nunca seremos capazes de perceber o porquê de alguém nos amar.
Ao que acrescento: nunca seremos capazes de perceber o porquê de amar alguém. Porque apesar de termos consciência do que nos faz apaixonar por alguém, o certo é que outro alguém pode fazer exactamente o mesmo sem conseguir tal resultado.
Quem compreende a complexidade do ser humano?
Ao que acrescento: nunca seremos capazes de perceber o porquê de amar alguém. Porque apesar de termos consciência do que nos faz apaixonar por alguém, o certo é que outro alguém pode fazer exactamente o mesmo sem conseguir tal resultado.
Quem compreende a complexidade do ser humano?
sexta-feira, maio 20, 2005
Did you realise no one can see inside your view? (Strangers, Portishead)
Esta frase sempre me pôs a pensar. Todos nós temos visões únicas do mundo, dos outros e de nós mesmos. Tenho pensado muito neste facto que todos sabemos consciente ou inconscientemente. Talvez pelo trabalho que faço há alguns meses, talvez pelo livro que terminei ontem, talvez pela minha natureza reflexiva e de questionamento.
Ontem terminei a leitura de Ondas de Virginia Woolf. Livro fascinante, intenso, profundo. Foi um livro que esperou o momento certo para entrar na minha vida. Foi-me oferecido por uma amiga mas só um ano depois o li. Não estava ainda preparada para ele. É daqueles livros em que temos necessariamente de nos adaptar à pele do autor pela sua especificidade e singularidade. É sem dúvida esta a literatura que gosto e admiro. Uma prosa poética, com frases de paragem obrigatória para a reflexão, ponderar sobre nós, os outros, a realidade. Seis personagens que poderia simplificar como Rhoda, a diferente, contemplativa, reservada, misteriosa; Jinny, exuberante, atraente, corporal; Susanne, ponderada, sem necessidade de ser admirada; Louis, cerebral, complexado, que se refugia no trabalho; Bernard, sonhador, atento às palavras; e por fim Neville, livre, apaixonado.
Mas todos eles, como nós próprios, somos muito mais do que duas ou três palavras, duas ou três etiquetas. Uma amiga perguntou-me há dias o que ela era, segundo a minha opinião. Como reduzir a imensidão, a complexidade de uma pessoa a meia dúzia de rótulos? Alguém fica a saber quem eu sou se me definir como calma, sonhadora, reservada, diferente? Sem dúvida sinto que sou tudo isso. Mas sou também muitas outras coisas. Por isso nunca gostei de rótulos e catalogações. Somos pessoas, não embalagens num qualquer supermercado à espera de sermos comprados. Eu pelo menos não estou à venda!
Esta frase sempre me pôs a pensar. Todos nós temos visões únicas do mundo, dos outros e de nós mesmos. Tenho pensado muito neste facto que todos sabemos consciente ou inconscientemente. Talvez pelo trabalho que faço há alguns meses, talvez pelo livro que terminei ontem, talvez pela minha natureza reflexiva e de questionamento.
Ontem terminei a leitura de Ondas de Virginia Woolf. Livro fascinante, intenso, profundo. Foi um livro que esperou o momento certo para entrar na minha vida. Foi-me oferecido por uma amiga mas só um ano depois o li. Não estava ainda preparada para ele. É daqueles livros em que temos necessariamente de nos adaptar à pele do autor pela sua especificidade e singularidade. É sem dúvida esta a literatura que gosto e admiro. Uma prosa poética, com frases de paragem obrigatória para a reflexão, ponderar sobre nós, os outros, a realidade. Seis personagens que poderia simplificar como Rhoda, a diferente, contemplativa, reservada, misteriosa; Jinny, exuberante, atraente, corporal; Susanne, ponderada, sem necessidade de ser admirada; Louis, cerebral, complexado, que se refugia no trabalho; Bernard, sonhador, atento às palavras; e por fim Neville, livre, apaixonado.
Mas todos eles, como nós próprios, somos muito mais do que duas ou três palavras, duas ou três etiquetas. Uma amiga perguntou-me há dias o que ela era, segundo a minha opinião. Como reduzir a imensidão, a complexidade de uma pessoa a meia dúzia de rótulos? Alguém fica a saber quem eu sou se me definir como calma, sonhadora, reservada, diferente? Sem dúvida sinto que sou tudo isso. Mas sou também muitas outras coisas. Por isso nunca gostei de rótulos e catalogações. Somos pessoas, não embalagens num qualquer supermercado à espera de sermos comprados. Eu pelo menos não estou à venda!
terça-feira, maio 17, 2005
De vez em quando, e não tão raramente quanto seria de esperar com a velocidade a que actualmente se corre pela vida, vivo momentos de verdadeira plenitude e perfeição. Em que todo o universo está alinhado exactamente como deveria estar. O que geralmente acontece nos momentos mais simples... Quando estou a olhar o mar, quando estou a passear nos meus locais favoritos, quando oiço uma música que realmente me toca, quando leio um bom livro...
Este sábado senti que a areia podia deixar de correr pela ampulheta, porque tudo estava simplesmente perfeito. Estavas nos meus braços, a tua pele junto da minha, as minhas mãos na madeixas do teu cabelo, a tua respiração morna e calma, as tuas mãozinhas pequeninas no meu pescoço, os teus olhos que, apesar de mortiços pela febre, me deram amor e gratidão. Estavas desprotegido, nos meus braços, receptivo aos meus carinhos e ao meu amor. Há meses que não tínhamos um momento assim. Lembrei-me de quando nasceste e eu cantava para ti. Agora és mais independente, já não te deixas facilmente estar nos meus braços. Queres descobrir o mundo. E como ele te desperta curiosidade e fascínio! E como eu adoro assistir a todas as tuas descobertas! Ainda bem que entraste na minha vida!
Este sábado senti que a areia podia deixar de correr pela ampulheta, porque tudo estava simplesmente perfeito. Estavas nos meus braços, a tua pele junto da minha, as minhas mãos na madeixas do teu cabelo, a tua respiração morna e calma, as tuas mãozinhas pequeninas no meu pescoço, os teus olhos que, apesar de mortiços pela febre, me deram amor e gratidão. Estavas desprotegido, nos meus braços, receptivo aos meus carinhos e ao meu amor. Há meses que não tínhamos um momento assim. Lembrei-me de quando nasceste e eu cantava para ti. Agora és mais independente, já não te deixas facilmente estar nos meus braços. Queres descobrir o mundo. E como ele te desperta curiosidade e fascínio! E como eu adoro assistir a todas as tuas descobertas! Ainda bem que entraste na minha vida!
quarta-feira, maio 11, 2005
domingo, maio 08, 2005
Faith pours from your walls, drowning your calls
I've tried to hear, You're not near
Remembering when I saw your face, shining my way, pure timing
Now I've fallen in deep, slow silent sleep
It's killing me, I'm dying
To put a little bit of sunshine in your life
Soleil all over you
warm sun pours over me
Soleil all over you
Warm sun
Now this slick fallen rift, came like a gift
Your body moves ever nearer
And you will dry this tear
Now that we're here, and grieve for me, not history
But now I'm dry of thoughts, wait for the rain
Then it's replaced, sun setting
And suddenly we're in love with everything
Soleil all over you, warm sun pours over me
Soleil all over you
Warm sun
The shinning - Badly drawn boy
I've tried to hear, You're not near
Remembering when I saw your face, shining my way, pure timing
Now I've fallen in deep, slow silent sleep
It's killing me, I'm dying
To put a little bit of sunshine in your life
Soleil all over you
warm sun pours over me
Soleil all over you
Warm sun
Now this slick fallen rift, came like a gift
Your body moves ever nearer
And you will dry this tear
Now that we're here, and grieve for me, not history
But now I'm dry of thoughts, wait for the rain
Then it's replaced, sun setting
And suddenly we're in love with everything
Soleil all over you, warm sun pours over me
Soleil all over you
Warm sun
The shinning - Badly drawn boy
quinta-feira, maio 05, 2005
Aqui fica uma das minhas músicas favoritas de sempre.
I'm so tired… of playing
Playing with this bow and arrow
Gonna give my heart away
Leave it to the other girls to play
For I've been a temptress too long
Just…
Give me a reason to love you
Give me a reason to be a woman
I just wanna be a woman
From this time, unchained
We're all looking at a different picture
Thru this new frame of mind
A thousand flowers could bloom
Move over, and give us some room
Give me a reason to love you
Give me a reason to be a woman
I just wanna be a woman
So don't you stop being a man
Just take a little look
From our side when you can
Sow a little tenderness
No matter if you cry
Give me a reason to love you
Give me a reason to be a woman
Its all I wanna be is all woman
For this is the beginning of forever and ever
Its time to move over...
Glory box - Portishead
I'm so tired… of playing
Playing with this bow and arrow
Gonna give my heart away
Leave it to the other girls to play
For I've been a temptress too long
Just…
Give me a reason to love you
Give me a reason to be a woman
I just wanna be a woman
From this time, unchained
We're all looking at a different picture
Thru this new frame of mind
A thousand flowers could bloom
Move over, and give us some room
Give me a reason to love you
Give me a reason to be a woman
I just wanna be a woman
So don't you stop being a man
Just take a little look
From our side when you can
Sow a little tenderness
No matter if you cry
Give me a reason to love you
Give me a reason to be a woman
Its all I wanna be is all woman
For this is the beginning of forever and ever
Its time to move over...
Glory box - Portishead
terça-feira, maio 03, 2005
The selfish, they're all standing in line
Faithing and hoping to buy themselves time
Me, I figure as each breath goes by
I only own my mind
The North is to South what the clock is to time
There's east and there's west and there's everywhere life
I know I was born and I know that I'll die
The in between is mine
I am mine
And the feeling, it gets left behind
All the innocence lost at one time
Significant, behind the eyes
There's no need to hide
We're safe tonight
The ocean is full 'cause everyone's crying
The full moon is looking for friends at hightide
The sorrow grows bigger when the sorrow's denied
I only know my mind
I am mine
And the meaning, it gets left behind
All the innocents lost at one time
Significant, behind the eyes
There's no need to hide
We're safe tonight
And the feelings that get left behind
All the innocents broken with lies
Significance, between the lines
(We may need to hide)
And the meanings that get left behind
All the innocents lost at one time
We're all different behind the eyes
There's no need to hide
I Am Mine - Pearl Jam
Faithing and hoping to buy themselves time
Me, I figure as each breath goes by
I only own my mind
The North is to South what the clock is to time
There's east and there's west and there's everywhere life
I know I was born and I know that I'll die
The in between is mine
I am mine
And the feeling, it gets left behind
All the innocence lost at one time
Significant, behind the eyes
There's no need to hide
We're safe tonight
The ocean is full 'cause everyone's crying
The full moon is looking for friends at hightide
The sorrow grows bigger when the sorrow's denied
I only know my mind
I am mine
And the meaning, it gets left behind
All the innocents lost at one time
Significant, behind the eyes
There's no need to hide
We're safe tonight
And the feelings that get left behind
All the innocents broken with lies
Significance, between the lines
(We may need to hide)
And the meanings that get left behind
All the innocents lost at one time
We're all different behind the eyes
There's no need to hide
I Am Mine - Pearl Jam
quarta-feira, abril 27, 2005
terça-feira, abril 19, 2005
A felicidade é feita de pequenos pormenores! O cansaço de um dia de trabalho... Um céu azul primaveril... um mar dourado... o sol que se esconde na linha do horizonte, deixando atrás de si cambiantes de cores quentes... Nos ouvidos os sons de Kings of Convenience (Gold for the price of silver)... Na mente memórias despoletadas por aromas que passam e não permanecem... E assim se contróem momentos de felicidade e plenitude!
domingo, abril 10, 2005
sexta-feira, abril 08, 2005
Esta foi a minha música desde 1993 (data de Pablo Honey) até 2002
When you were here before,
couldn't look you in the eye.
You're just like an angel,
your skin makes me cry.
You float like a feather,
in a beautiful world
I wish I was special,
you're so fucking special.
But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?
I don't belong here.
I don't care if it hurts,
I want to have control.
I want a perfect body,
I want a perfect soul.
I want you to notice,
when I'm not around.
You're so fucking special,
I wish I was special.
But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?.
I don't belong here
She's running out the door,
she's running,
she run, run, run, run, run.
Whatever makes you happy,
whatever you want.
You're so fucking special,
I wish I was special,
But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?
I don't belong here,
I don't belong here.
Creep - Radiohead
When you were here before,
couldn't look you in the eye.
You're just like an angel,
your skin makes me cry.
You float like a feather,
in a beautiful world
I wish I was special,
you're so fucking special.
But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?
I don't belong here.
I don't care if it hurts,
I want to have control.
I want a perfect body,
I want a perfect soul.
I want you to notice,
when I'm not around.
You're so fucking special,
I wish I was special.
But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?.
I don't belong here
She's running out the door,
she's running,
she run, run, run, run, run.
Whatever makes you happy,
whatever you want.
You're so fucking special,
I wish I was special,
But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?
I don't belong here,
I don't belong here.
Creep - Radiohead
quinta-feira, abril 07, 2005
Incrível! Tudo pode mudar num dia! Novo trabalho, novo desafio, nova aprendizagem, novas pessoas. Isto em conjunto com o trabalho antigo, fascinante e sempre um prazer. Em vista mais um desafio a nível pedagógico e académico. A vida deixa de ser um ponto de interrogação para se tornar um ponto de exclamação...
quarta-feira, abril 06, 2005
It's not.. what you thought...
When you first... began it.
You got... what you want...
Now you can hardly stand it, though,
By now you know, it's not going to stop...
It's not going to stop...
It's not going to stop,
Till you wise up.
You're sure... there's a cure...
And you have finally found it.
You think... one drink...
Will shrink you to... your underground
And living down, but it's not going to stop...
It's not going to stop...
It's not going to stop,
Till you wise up.
Prepare a list for what you need,
Before you sign away the deed,
'Cause it's not going to stop...
It's not going to stop...
It's not going to stop,
Till you wise up.
No, it's not going to stop,
Till you wise up.
No, it's not going to stop,
So just give up.
Wise up - Aimee Mann
When you first... began it.
You got... what you want...
Now you can hardly stand it, though,
By now you know, it's not going to stop...
It's not going to stop...
It's not going to stop,
Till you wise up.
You're sure... there's a cure...
And you have finally found it.
You think... one drink...
Will shrink you to... your underground
And living down, but it's not going to stop...
It's not going to stop...
It's not going to stop,
Till you wise up.
Prepare a list for what you need,
Before you sign away the deed,
'Cause it's not going to stop...
It's not going to stop...
It's not going to stop,
Till you wise up.
No, it's not going to stop,
Till you wise up.
No, it's not going to stop,
So just give up.
Wise up - Aimee Mann
domingo, abril 03, 2005
Gosto de sinceridade. Gosto de pessoas complexas, profundas. Não gosto de pessoas fúteis. Não gosto de arrogância. Gosto de olhar as pessoas nos olhos. Gosto de rir. Gosto de sentir. Gosto de sonhar. Não gosto quando não sei como agir. Não gosto quando não sei o que dizer. Gosto de olhar o mar. Gosto de vozes a sussurrar ao ouvido. Gosto de ouvir risos e gargalhadas de crianças. Não gosto de sentir medo. Não gosto de desiludir. Gosto de não ser indiferente aos outros. Não gosto de pessoas frias. Não gosto de exibicionismo. Gosto de cantar. Gosto da palavra. Gosto de ler. Gosto de escrever. Não gosto de me sentir incompreendida. Gosto de acordar com o sol a entrar pela janela. Gosto de música. Gosto de conhecer novas e diferentes culturas. Gosto de cinema. Gosto do cheiro do pão acabado de cozer. Gosto do cheiro das primeiras chuvas no Inverno. Gosto de poesia. Não gosto das pessoas que pensam que a felicidade se resume ao dinheiro. Não gosto de egocentrismo. Gosto de humildade. Gosto de humanismo. Gosto de utopias. Gosto de ideais. Gosto do respeito pela privacidade de cada um. Não gosto da necessidade de controlar tudo o que sinto, faço e digo.
quinta-feira, março 31, 2005
quarta-feira, março 30, 2005
E quando chega o Verão?
Hoje acordei com saudades de Viana do Castelo. A Praça da República, a Praia de Afife, a Praia do Cabedelo, o Festival de Jazz. Nada como passear numa noite de Verão numa cidade histórica a ouvir os sons: as músicas, as pessoas, a própria cidade. A iluminação amarelada sobre monumentos que testemunharam séculos de histórias, gerações de problemas, festas, intrigas, paixões.
Entretanto há que voltar ao trabalho!
Hoje acordei com saudades de Viana do Castelo. A Praça da República, a Praia de Afife, a Praia do Cabedelo, o Festival de Jazz. Nada como passear numa noite de Verão numa cidade histórica a ouvir os sons: as músicas, as pessoas, a própria cidade. A iluminação amarelada sobre monumentos que testemunharam séculos de histórias, gerações de problemas, festas, intrigas, paixões.
Entretanto há que voltar ao trabalho!
segunda-feira, março 28, 2005
sábado, março 26, 2005
Tira a mão do queixo, não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou, ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas para dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem à batota
Chega aonde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota
Enquanto houver estrada para andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada para andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar
Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém, não
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
E a liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo
Enquanto houver estrada para andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada para andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar
A gente vai continuar - Jorge Palma
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou, ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas para dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem à batota
Chega aonde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota
Enquanto houver estrada para andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada para andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar
Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém, não
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
E a liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo
Enquanto houver estrada para andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada para andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar
A gente vai continuar - Jorge Palma
quinta-feira, março 24, 2005
Dizem que a paixão o conheceu
mas hoje vive escondido nuns óculos escuros
senta-se no estremecer da noite enumera
o que lhe sobejou do adolescente rosto
turvo pela ligeira náusea da velhice
Conhece a solidão de quem permanece acordado
quase sempre estendido ao lado do sono
pressente o suave esvoaçar da idade
ergue-se para o espelho
que lhe devolve um sorriso tamanho do medo
Dizem que vive na transparência do sonho
à beira-mar envelheceu vagarosamente
sem que nenhuma ternura nenhuma alegria
nenhum ofício cantante
o tenha convencido a permanecer entre os vivos
Al Berto
mas hoje vive escondido nuns óculos escuros
senta-se no estremecer da noite enumera
o que lhe sobejou do adolescente rosto
turvo pela ligeira náusea da velhice
Conhece a solidão de quem permanece acordado
quase sempre estendido ao lado do sono
pressente o suave esvoaçar da idade
ergue-se para o espelho
que lhe devolve um sorriso tamanho do medo
Dizem que vive na transparência do sonho
à beira-mar envelheceu vagarosamente
sem que nenhuma ternura nenhuma alegria
nenhum ofício cantante
o tenha convencido a permanecer entre os vivos
Al Berto
quarta-feira, março 23, 2005
terça-feira, março 22, 2005
Mar adentro, mar adentro,
y en la ingravidez del fondo
donde se cumplen los sueños,
se juntan dos voluntades
para cumplir un deseo.
Un beso enciende la vida
con un relámpago y un trueno,
y en una metamorfosis
mi cuerpo no es ya mi cuerpo;
es como penetrar al centro del universo:
El abrazo más pueril,
y el más puro de los besos,
hasta vernos reducidos
en un único deseo:
Tu mirada y mi mirada
como un eco repitiendo, sin palabras:
más adentro, más adentro,
hasta el más allá del todo
por la sangre y por los huesos.
Pero me despierto siempre
y siempre quiero estar muerto
para seguir con mi boca
enredada en tus cabellos.
Mar adentro - Ramón Sanpedro
y en la ingravidez del fondo
donde se cumplen los sueños,
se juntan dos voluntades
para cumplir un deseo.
Un beso enciende la vida
con un relámpago y un trueno,
y en una metamorfosis
mi cuerpo no es ya mi cuerpo;
es como penetrar al centro del universo:
El abrazo más pueril,
y el más puro de los besos,
hasta vernos reducidos
en un único deseo:
Tu mirada y mi mirada
como un eco repitiendo, sin palabras:
más adentro, más adentro,
hasta el más allá del todo
por la sangre y por los huesos.
Pero me despierto siempre
y siempre quiero estar muerto
para seguir con mi boca
enredada en tus cabellos.
Mar adentro - Ramón Sanpedro
segunda-feira, março 21, 2005
domingo, março 20, 2005
I've seen it all, I have seen the trees,
I've seen the willow leaves dancing in the breeze
I've seen a man killed by his best friend,
And lives that were over before they were spent.
I've seen what I was - I know what I'll be
I've seen it all - there is no more to see!
You haven't seen elephants, kings or Peru!
I'm happy to say I had better to do
What about China? Have you seen the Great Wall?
All walls are great, if the roof doesn't fall!
And the man you will marry?
The home you will share?
To be honest, I really don't care...
You've never been to Niagara Falls?
I have seen water, its water, that's all...
The Eiffel Tower, the Empire State?
My pulse was as high on my very first date!
Your grandson's hand as he plays with your hair?
To be honest, I really don't care...
I've seen it all, I've seen the dark
I've seen the brightness in one little spark.
I've seen what I chose and I've seen what I need,
And that is enough, to want more would be greed.
I've seen what I was and I know what I'll be
I've seen it all - there is no more to see!
You've seen it all and all you have seen
You can always review on your own little screen
The light and the dark, the big and the small
Just keep in mind - you need no more at all
You've seen what you were and know what you'll be
You've seen it all - there is no more to see!
Dancer in the dark - Lars Von Trier
I've seen the willow leaves dancing in the breeze
I've seen a man killed by his best friend,
And lives that were over before they were spent.
I've seen what I was - I know what I'll be
I've seen it all - there is no more to see!
You haven't seen elephants, kings or Peru!
I'm happy to say I had better to do
What about China? Have you seen the Great Wall?
All walls are great, if the roof doesn't fall!
And the man you will marry?
The home you will share?
To be honest, I really don't care...
You've never been to Niagara Falls?
I have seen water, its water, that's all...
The Eiffel Tower, the Empire State?
My pulse was as high on my very first date!
Your grandson's hand as he plays with your hair?
To be honest, I really don't care...
I've seen it all, I've seen the dark
I've seen the brightness in one little spark.
I've seen what I chose and I've seen what I need,
And that is enough, to want more would be greed.
I've seen what I was and I know what I'll be
I've seen it all - there is no more to see!
You've seen it all and all you have seen
You can always review on your own little screen
The light and the dark, the big and the small
Just keep in mind - you need no more at all
You've seen what you were and know what you'll be
You've seen it all - there is no more to see!
Dancer in the dark - Lars Von Trier
sábado, março 19, 2005
So be it, I'm your crowbar
If that’s what I am so far
Until you get out of this mess
And I will pretend
That I don’t know of your sins
Until you are ready to confess
But all the time, all the time
I'll know, I'll know
And you can use my skin
To bury your secrets in
And I will settle you down
And at my own suggestion,
I will ask no questions
While I do my thing in the background
But all the time, all the time
I’ll know, I'll know
Baby-I can't help you out, while she's still around
So for the time being, I'm being patient
And amidst this bitterness
If you'll consider this-even if it don’t make sense
All the time-give it time
And when the crowd becomes your burden
And you've early closed your curtains,
I'll wait by the backstage door
While you try to find the lines to speak your mind
And pray it open, hoping for an encore
And if it gets too late, for me to wait
For you to find you love me, and tell me so
It's ok, don’t need to say it
I know - Fiona Apple
If that’s what I am so far
Until you get out of this mess
And I will pretend
That I don’t know of your sins
Until you are ready to confess
But all the time, all the time
I'll know, I'll know
And you can use my skin
To bury your secrets in
And I will settle you down
And at my own suggestion,
I will ask no questions
While I do my thing in the background
But all the time, all the time
I’ll know, I'll know
Baby-I can't help you out, while she's still around
So for the time being, I'm being patient
And amidst this bitterness
If you'll consider this-even if it don’t make sense
All the time-give it time
And when the crowd becomes your burden
And you've early closed your curtains,
I'll wait by the backstage door
While you try to find the lines to speak your mind
And pray it open, hoping for an encore
And if it gets too late, for me to wait
For you to find you love me, and tell me so
It's ok, don’t need to say it
I know - Fiona Apple
Subscrever:
Mensagens (Atom)